domingo, setembro 30, 2007

Tournée Europeia

Bom, suponho que isto não seria um bom blog se eu não colocasse nada sobre as minhas férias.

Fiz um périplo por 4 países da Europa Central. Eu diria mesmo Europa Imperial, porque a arquitectura é toda muito semelhante, fachadas de prédios e igrejas imensamente trabalhadas.

Comecei em Praga, fui para Bratislava (Eslováquia), de onde aproveitei para passar um dia em Viena (Áustria), e finalmente fui para Budapeste.

De todas, a cidade de que mais gostei foi, sem dúvida, Praga. E foi o pior hotel, que faria se fosse num hotel de jeito! O centro de Bratislava é bonito e pequeno, o que é bom para pés cansados. Budapeste também é uma cidade bonita, mas muito grande, e com um trânsito perfeitamente caótico, mesmo nos transportes públicos. Viena é... Viena!

Gostei de Praga por ser a cidade mais "Europeia", aquela em que realmente vi que poderia viver.

De uma forma geral, nota-se que Portugal está mesmo a ficar para trás, no combóio europeu. Já estamos numa das últimas carruagens, e por este andar arriscamo-nos a ficar num atrelado, presos por uma corda ao combóio.

Ah, e perguntam os machos: "E as gajas, hãã? E as gajas?"

Bom, realmente há que admitir que naquela zona, principalmente quando saímos de centros turísticos, onde as únicas nativas são as que trabalham nas lojas de souvenirs, vê-se uma razão qualidade/quantidade superior à habitual no nosso país. Claro que isto é subjectivo e depende de cada um, mas que culpa tenho eu de achar piada a miúdas altas, giras e elegantes???

Mas bom, o interior é que conta. E não gostei de, em Budapeste, grande parte das miúdas me olharem de cima a baixo, examinando a roupa. Há uns anos era assim em Portugal, hoje nem tanto. Ainda falta um pouco para a Hungria passar dessa fase.

Ao fim de semana e meia de viagem, soube bem voltar a Portugal. Não porque não ficasse lá mais tempo, mas porque me tinha acabado o dinheiro...

terça-feira, setembro 25, 2007

Salpicos

Vim há poucos dias de viagem, e hei de escrever um post sobre as férias, mas não vai ser hoje.

Hoje fiquei animadíssimo quando ouvi dizer que a Selecção Nacional retirou o apoio ao Scolari no caso da agressão ao sérvio. Fantástico! Será desta que aquela chefia da selecção ganhou juízo? Mas não, logo a seguir reparei que não era "retirou", mas sim "reiterou o apoio". Claro, quando o João Pinto acertou o gancho de direita no árbitro, no mundial, todos os condenaram, mas quando o Scolari falha um Jab de esquerda, todos os apoiam.

É este o nosso senso de justiça. O portuga é um rufia, um trafulha que só não foi irradiado por sorte. O brasuca é um justiceiro, um herói que quis defender o cigado de qualquer coisa que só ele entende.

Mas isso é coisa que, embora me tivesse interessado, não me tira o sono. Nah, há coisas bem mais importantes em que pensar!!!

Como por exemplo, hoje fui a um hipermercado, fazer umas compras necessárias cá para casa. Mas, oh raios, estava algo aflito para aliviar a bexiga (não para "aliviar o Bexiga", atenção às leituras e ao palavreado, que hoje em dia pode ser complicado!).
Sorte, sorte, o hipermercado tem WC, para onde me dirigo antes das compras.

Feito o servicinho, vou lavar as manápulas. Sai um jacto de água da torneira, que me molha com salpicos toda a zona erógena, revestida com umas calças clarinhas, ou seja, quem visse não ia pensar propriamente "olha, aquele rapaz molhou-se todo ao lavar as mãos...". Porque raios não arranjam daquelas torneiras doseadoras do caudal? Até poupam no consumo!

Bonito... Olho para o lado, para ver se o secador de mãos era eléctrico, já a pensar dar uma de "Mr. Bean" e tentar equilibrar-me para chegar com a virilha o mais perto possível do secador. Mas nem isso, era daquelas pseudo-toalhas que temos que puxar um pouco.

Raios. Saio do WC, e sorte, sorte: há uma caixa Multibanco entre o WC e o caminho para a zona comercial, local resguardado e mesmo com iluminação deficiente. Resolvo esperar para que sequem os salpicos, já que assim também aproveito e levanto algum dinheiro para as compras. Sou o 3º na fila.

Só que o 1º era um senhor a pagar todas as contas do mês. E digo todas mesmo! Edp, água, tvcabo, etc.

Passados 2 minutos, olho discretamente para baixo, como quem olha para ver se tem os cordões dos sapatos desapertados, e reparo na zona X. Está praticamente limpa. Porreiro.

Saio da zona da caixa multibanco e dirigo-me finalmente, ar triunfal, para o hipermercado. No curto caminho sou acompanhado por um casal, cuja filha, nos seus 3 anos, ia sentada no carro de compras, a repetir a palavra que o paizinho lhe ensinou hoje: "méda, méda, médaméda... méda méda..."

Aaah, como é bom ser português!

terça-feira, setembro 11, 2007

Epá, lembrei-me de mais algumas considerações acerca do ritual de matrimónio...

- O padre, ao entregar a óstia (ou o croissant, até podia ser um daqueles em miniatura, ou um daqueles pasteizinhos folhados com uma salsicha lá dentro), também devia dar a beber um pouco de tintol, que a óstia não tira a sede.

- O próprio tintol, tinha piada se o próprio padre tivesse que beber um pouco de tinto para acompanhar cada um dos fieis. Seria uma forma de garantir uma maior comunhão com os fieis, e também de garantir um final de missa fantástico.

- Devia haver uma regra para que os acólitos fossem todos escolhidos a dedo, no sentido de se arranjarem umas jovens escassamente vestidas, capazes de espevitar a generosidade dos fieis, principalmente os masculinos... O ofertório seria a ocasião mais esperada da missa!

- No copo d'água, coitados dos noivos, terem que ficar duas horas a tirar fotografias com cada um dos convivas. Porque não arranjar uma imagem à escala real, colá-la numa cartolina e espetá-la no jardim??? Assim cada convidado iria lá tirar a foto quando lhe desse na real gana, e colocava o placard na posição que mais lhe convinha.

Um colega meu organiza casamentos, na zona de Braga, pelo que rapaz: vê lá se aproveitas alguma destas valiosas sugestões para modernizar os casórios. A quem não se reveja e queira uma coisinha mais normal (ou seja, mais antiquada!), fica aqui o contacto e a publicidade gratuita: http://onossocasamento.pt

domingo, setembro 09, 2007

Modernizar os casamentos

Ontem fui a um casamento. Foi giro, os noivos estavam bonitos, a festa foi engraçada, até pela multiculturalidade adjacente ao facto dela ser portuguesa e ele turco, e ambos a trabalhar em Londres.

Mas há certas coisas que me cansam nos casamentos. Todo o ritual é exactamente o mesmo há centenas de anos! Não está no tempo de mudar?

Eu deixo aqui algumas sugestões...

- A entrada dos noivos: epá, nunca mais acaba, então se a igreja é grande, é um martírio. Deviam aproveitar as novas tecnologias, arranjar uma entrada mais "tchan!", tipo a noiva a saltar de um buraco no chão, no meio de fumo e raios laser, espevitar um pouco a cena.

- As orações, em vez de complementadas com o "Ele está no meio de nós", porque não "Eles andem aí"? É muito mais actual!

- Os padres devem perceber que a malta jovem de hoje em dia não tem a mesma linguagem, por isso deviam adaptar o discurso, tipo: "aqui o nino e a pita vão arrepanhar os trapos e dar muitos lol's de felicidade, e vai ser bué de fixe". E tentar dizer isto em Latim, porque não?

- Calor!!! Na igreja, ontem, estava um calor desgraçado! Isto para as senhoras não é mau de todo, pois os vestidinhos estivais obrigam a ter partes do corpo destapadas, mas para um homem de fato e gravata, é de morrer! Os convidados devem poder aparecer de bermudas, camisa havaiana e chanatas de dedo.

- A óstea já está passada. Porque não actualizar o acto de comungar com um croissantezinho, ou uma chamuça? É bem mais actual, e se calhar chamava muito mais gente a comungar...

- A altura em que todos se comprimentam também já teve melhores dias. Hoje vêem-se muitos jovens a sacar do telemóvel e a comprimentar todos os que estão num raio de 10 metros com uma mensagem escrita, enviada por bluetooth. Sugestão: detector de metais à entrada!

- A escolha do posicionamento nas mesas não devia ser a cargo dos noivos, mas dos próprios convidados. Ou através de um placard tipo "tira e cola", em que fosse fácil tirar um nome de uma mesa e colocar noutra, e cada convidado teria 3 hipóteses de alterar a sua colocação, repartidas por um período de 1 hora (enquanto os noivos tiram as fotos da praxe); Ou então através de um sistema tipo bingo, ou ainda através de uma dança das cadeiras adaptada, com toda a gente a dançar à volta da sala, e quando pára a música, todos se sentam no local mais próximo...

Enfim, apenas ideias, à consideração do clero! Há que modernizar os rituais litúrgicos!