terça-feira, outubro 30, 2007

Un movimiento sexy...

Às vezes, dizem-me que a forma como coloco o saquinho de chá na chávena de água quente é efeminada.

Eu não concordo. Estão à espera de quê? Que deixe cair a saqueta e pronto? Não, um bom chá tem que ser minimamente misturado, para proporcionar uma homogeneização eficaz da infusão. Nem o vou fazer à bruta, senão metade do chá sai borda fora.

Não, não considero isso gayzola. O que sim considero gayzola é a forma como muito rapazola cruza as pernas. Isso vê-se muito nos combóios e cafés, homens a cruzar as pernas tal como o fazem as mulheres.

A questão é que a anatomia masculina não é igual à da mulher! Há ali qualquer coisa no meio! Tudo bem que poucos o usam convenientemente, mas está lá, dois badalos e um indicador. É que quando se cruza uma perna, juntinho como uma mulher, há 3 hipóteses:
1 – Ou o tipo é masoquista e gosta de os ter esmagados;
2 – Ou mesmo antes de cruzar a perna, o tipo faz um movimento pélvico que impulsiona os badalos para cima, escapando assim à tortura. Mas não é qualquer um que o consegue, é daquelas coisas só ao alcance dos monges de Shaolin, ou de tipos que aguentam 10h de sexo tântrico e acham o máximo não tocar na miúda;
3 – As jóias são de tal forma diminutas que não sentem o impacto aconchegante de coxa com coxa.

Não é para me gabar, até porque estou dentro da média, mas não consigo cruzar a bela da pernoca dessa forma tão efeminada. Tem que ser um cruzar mais aberto. O problema é que, como tenho 1,90m, e grande parte deles são ocupados pelas gambas, a perna aberta cruzada ocupa um espaço brutal, o que inviabiliza que alguém se sente ao meu lado e diga “uuhh, tens um cruzar de pernas mesmo másculo”... :)

sexta-feira, outubro 26, 2007

Escolha de lugar

A hora à qual apanho o combóio para Braga é das mais concorridas, é a verdadeira hora de ponta.

E isso leva a um problema. É que entrar num combóio e procurar um lugar para sentar não é tão fácil como num autocarro. É que num autocarro citadino, a viagem demora uns 20 minutos no máximo, e por sabermos que é pouco tempo, não há grande problema em sentarmo-nos ao lado de alguém que não nos diz nada.

Num combóio, a viagem demora perto de 1 hora. E isso obriga a uma escolha criteriosa... Não que eu tenha problemas de discriminação. Mas, por exemplo, esta semana sentei-me ao lado de uma senhora de idade, a qual reparei depois que tinha uma aparência algo andrajosa. A criatura tinha um odor a lixo... Mas senti-me mal em sair dali, por isso aguentei até Famalicão, onde a senhora saiu.

Hoje sentei-me ao lado de um tipo jovem, que cheirava a obra... Pronto, podia ser servente, sei lá.

Mas ontem, uns lugares à minha frente, ia um inútil a cortar as unhas!!!! Vá lá que eram as unhas das mãos, era pior se fosse dos pés! Pensava que esse flagelo já tinha sido erradicado da nossa sociedade, mas não! O homem tira um corta-unhas do bolso e toca a apartar o unhame!

Quem é que anda com um corta-unha no bolso das calças??? Estou a imaginá-lo a sair de casa de manhã, a perguntar à mulher onde está o corta-unhas, e ela a responder "está junto às chaves de casa, para não te esqueceres!". E se a unhaca salta e vai parar ao cabelo do passageiro da frente, como é? Pior, se o tipo da frente resolve bocejar na altura errada...

segunda-feira, outubro 15, 2007

Rádio Televisão Católica...

Ontem foi inaugurada a nova basílica de Fátima. Tem apenas 9 mil lugares sentados. Que raios, não sabiam ter aproveitado e fazer logo a maior igreja do mundo??? Tínhamos que ficar com a 3ª? É que nem quero saber onde são as outras duas, a partir do momento em que ouvi que era a 3ª, nem ouvi o resto. Que desilusão. Então um santuário tão opulento, tão rico, tão altruísta, não merecia coisinha melhor?

Ouviam-se muitos peregrinos a reclamar. O que se compreende. Afinal, em vez de terem uma longa recta para percorrer de joelhos, até à igreja maior, agora vão ter que contornar a 3ª maior igreja do mundo, o que dá o seu trabalho! Ai os calos!

Bom, não sou ninguém para criticar a construção da basílica, mas como pago os impostos, penso que tenho o direito de dizer que é ridícula a exposição mediática que teve a inauguração no canal 1. Foi emissão 6ª à noite e sábado todo o dia! Posso estar (muito) enganado, mas nunca vi semelhante atenção dada à inauguração do templo na Bobadela dos Hare Krishna, ou do Salão do Grande Acidente de Freixo de Espada à Cinta, das Testemunhas de Jeová. Nem mesmo da Mesquita do Profeta, ali para os lados de Cuba do Alentejo.

Que raio de independência é esta? Que raio de idoneidade religiosa é esta a demonstrada pelo canal público? "Ah, e tal, é um monumento nacional, e a maior parte da população é católica". Ora porras, também a maior parte da população é benfiquista e a mim ninguém me apanha a gostar dessa equipa da camisolinha cor de rosa...

De fora, a igreja parece um disco voador. Será uma homenagem ao que realmente se passou nos dias 13 de 1900 e troca o passo? Sim, por essa história de "sol dançante" nunca me convenceu... E entre acreditar nisso ou num homenzinho verde a conduzir o disco com a tosga, numa altura em que não se controlava o grau de alcoolémia dos condutores, não sei qual será mais fácil...



PS: Não gosto de igrejas, mas as que mais me impressionaram, do ponto de vista arquitectónico, foram a catedral de Viena, pela grandiosidade, e a basílica de Budapeste, pelo interior. E confesso que assistir a uma missa no santuário de Monserrat tem o seu quê de místico...

sexta-feira, outubro 12, 2007

Prefiro fiambre!!!

Mais uma semana, mais uma viagem.

Desta vez fui a uma reunião em Rüsselsheim, perto de Frankfurt, e à vinda parei em Barcelona para passar um dia a trabalhar em Martorell (a 30 km da Ciudad Condal).

Correu tudo bem até à última viagem, de Barcelona para o Porto. Acabada a tarefa, um colega deixou-me numa estação de comboio. O combóio demorou quase 1h para chegar a Barcelona.

Chegado à estação central (Barcelona Sants), olho para o relógio. São 5h, o vôo de regresso é às 20h45, pelo que devo estar no aeroporto pelas 19h45. Tenho tempo e mais que tempo para ir fazer umas compritas, há uma loja de roupa que gosto, no início das Ramblas.

Lá comprei umas camisas, e saí às 18h45, em direcção ao Metro, que era ali ao lado. Apanho o metro para a tal estação de Sants, de onde poderia apanhar o combóio para o aeroporto.

Só que... havia greve da Renfe, aparentemente. Estava uma confusão que ninguém entendia. Mas lá apanhei o combóio, que andava mais lento que a conclusão do processo Casa Pia. Cheguei ao aeroporto, mais propriamente ao balcão de Check-In (da nossa TAP) às 20:10.

E já estava fechado.

Fecha 45 mins antes da hora de partida. Raios.

Pergunto "o que faço agora?" a uma miúda da Lufthansa, no balcão do lado, que também estava já fechado, mas ainda lá tinha alguém. "Não sei", diz ela, "tenta ir ao balcão de informações da TAP, lá devem ajudar-te".

Vou lá, e diz-me o tipo que nada a fazer. 30 minutos antes da partida, e já não me podem meter no avião. Ainda por cima ia em classe "Business". Então para que porras serve esta classe??? O próprio nome "Business" dá a entender que um "Businessman" pode acabar tarde uma reunião e chegar à última ao Aeroporto! Claro que o saco de compras com o símbolo da loja não me dava grande credibilidade a esta desculpa...

Mas que raios, a mala que eu tinha podia perfeitamente ir comigo no avião. E não acredito que estivesse cheio, no vôo que me arranjaram, no dia seguinte logo pela manhã (madrugada...), havia imensos lugares vagos.

Rais parta a TAP. Fico sem perceber para que raios serve a classe "Business", já que a diferença de preço é considerável. É que noutras companhias, há um balcão apenas para essa classe, e que fica aberto até mais tarde. Na TAP/Portugália não. O acréscimo de preço é justificado pela salsicha e omelete que nos dão na refeição, em vez da sandocha de fiambre manhoso.

Pois, se é assim, fiquem lá com a salsicha, prefiro o fiambre...

quarta-feira, outubro 03, 2007

Escuta-me...

Falou-se na atitude do Santana na Sic Notícias, quando o interromperam para o país ver o Mourinho a dar uns passos em solo português.

Pessoalmente, goste ou não do homem, achei que esteve muito bem. Por muito que goste (e gosto) de futebol, não é algo que possa justificar a interrupção da entrevista.

Mas é tendência geral da sociedade, e da comunicação social.

Ainda hoje (3ª), estava a ver o telejornal da TVI, que abomino, mas à 3ª inclui o MST, que traz algum nível à coisa.

E falam nas escutas reveladas pelo semanário SOL, que indicavam alguma animosidade nas hostes governamentais, aquando da substituição do Procurador Geral, o famigerado Souto Moura.

Pergunta o jornalista "Miguel, tu como jornalista, concordas com esta lei? (a que impõe que apenas escutas de processos já arquivados e autorizadas pelos visados podem vir a público)"

Para grande espanto do rapazito, o MST responde "sim, concordo... não há ninguém em Portugal que possa dizer que "todos os meus telefonemas podem ser tornados públicos", todos temos momentos de desabafo em que dizemos coisas que podem ser mal interpretadas". A partir daí, os 2 jornalistas da TVI, treinados como estão em sensacionalismo e causar escandaleira onde não há assunto que faça mexer uma preguiça, tentaram de todas as formas levar o MST a tomar o seu partido. O autor do Equador aguentou-se, não propriamente estoicamente, mas normalmente, como só ele sabe.

Gostei particularmente do final, em que os miúdos concluem com um "bom, pelo menos esperemos que os jornalistas continuem a fazer um bom trabalho", ao que responde o MST "O que neste caso não aconteceu, foi um trabalho muito mal feito (o de revelar estas escutas)".

Toma! Embrulha! Vai buscar! C'um catano!

E agora preocupem-se em saber quem foi o energúmero que divulgou as escutas. Nem sequer tinham entrado no processo, por terem sido consideradas sem importância. Onde pára o segredo de justiça?...

terça-feira, outubro 02, 2007

Aquela triste e leda madrugada...

A noite no Porto não anda muito bem. Nem digo isto pelos episódios de tiroteios e violência entre gangs de seguranças. Para mim, podiam ir todos para Custóias, e não era propriamente vender peúgas para a feira...

Digo isto porque no sábado passado foi-me recusada a entrada numa conhecida discoteca da zona da Foz. Ultraje! Infâmia! Oh Tragédia!!!

Estava sozinho, é certo, mas tinha pessoas conhecidas lá dentro. Mas mesmo que estivesse sozinho, qual era o raio do problema? Esta mania de só deixar entrar mulheres não deixa de ser discriminação! Aliás, os homens geralmente gastam mais do que elas. Senti-me discriminado! É que não me considero tão feioso como isso. Ok, é verdade que, para aquele bar em particular que não importa revelar (ok, cujo nome começa por T, acaba em S, e tem a palavra “ganhar” em inglês no meio... Ok, o Twins!), talvez não estivesse bem arranjadinho. Para se entrar lá, é necessário estar vestido à betinho, ou como alguns dizem “à CDS-PP”. E eu não tenho jeito para isso.

Claro que os conhecidos e amigos do rapazote que fazia a seriação à entrada, entravam nem que fossem maltrapilhos, daqueles a quem se dá uma esmola na rua, mesmo que não estejam a pedir. O rapazote também é figura conhecida na noite, de iniciais P.A.

Entretanto, vi uma mensagem num grupo do hi5 de uma jovem moçoila que também foi barrada à entrada do Pop. Pelas fotos, a mulher até é bem interessante. Seria o porteiro (ou para ser politicamente correcto, o “Gestor de Triagem e Recepção”) totalmente gay?

Bom, quando isto acontece, só temos é que pensar “eles é que perdem!”.

Se fosse fiel aos meus princípios, nunca mais lá voltava... Mas infelizmente, há poucas escolhas no Porto, para quem tem mais de 25 anitos. E além disso, quando lá vou, o ambiente é selecto e até tem umas miúdas jeitosas... J (se não podes vencê-los, junta-te a eles!!!)