quarta-feira, fevereiro 11, 2009

Ecologia de vão-de-escada...

Eu acho piada que as marcas tomem atitudes pró-ecológicas.

Talvez sejam ainda ecos da minha presença no mundo da gestão do lixo durante quase 5 anos, mas o facto é que, mesmo sabendo que muitas atitudes não passam de golpes publicitários, ou com objectivos claros de lucrar um pouco mais, a verdade é que na prática, fazem sentido acções como a do Pingo Doce passar a cobrar os sacos de plástico, mantendo a possibilidade de levar sacos de casa, ou comprar um que se pode reutilizar várias vezes.

Eu tenho un desses, ou melhor, tinha, até a senhora que cá vem a casa 1x por semana fazer umas limpezas utilizá-lo como despensa de tupperwares. Mas será que ela ainda não descobriu que em casa de engenheiro solteiro, não há lugar a arrumações desta índole ignóbil??? Tupperware que é tupperware deve estar guardado, sim, mas em local de fácil acesso, para que quando começar a derramar a sopa ou o arroz para fora do prato, seja fácil encontrar um recipiente onde colocar imediatemente o excesso.

Mas enfim... agora, o Jumbo, que afinal pertence à mesma cadeia (Jerónimo Martins), decidiu também implementar "Caixas Ecológicas". Ou seja, no meio das cerca de 60 caixas que tem no Jumbo da Maia, lá meteram uma em que não dão sacos gratuítos. Suponho que seja necessário pagar por eles, ou levar de casa.

Digo "suponho", porque como se vê na foto, o raio da caixa estava vazia! Vazia não por não ter gente, mas sim por estar fechada! Isto num final de tarde, pelas 7 da tarde, ou seja, provavelmente o horário com mais gente.

Que raio de consciência ecológica é essa? Com um pouco de sorte, amanhã volto lá, e já aparece um letreiro com outros conselhos ecológicos, como "Compre embalagens com poucas sub-embalagens, mas aproveite a nossa promoção de iogurtes Auchan na nova embalagem colorida, em pacotes de cartão de 4 unidades, envoltos em celofane, com etiqueta impressa a petróleo do mar do norte"...

terça-feira, fevereiro 10, 2009

Os meus out-of-offices... feedback

Na 6ª-Feira passada (06/02/2009), lá deixei mais um out-of-office, num dia passado no cursinho.

"Hello,

There comes a time in a man's life when he must seek how to reach a higher state of mind. Some people go on lenghty tours to find their roots, others seek alternate meditations, others just go to the himalayas and seek guidance in the heavens. Me? I'm settling for a course to allow me to perform better at my job! Isn't this the perfect answer? Yet, sadly for you, it occupies me every Friday. Yes, this lenghty text was only to say "I'm not in the office today".

For this reason, although I will keep my office mobile phone with me, I will probably not be able to pick up any calls, as I will be all day in class. You can try texting me if it's urgent, otherwise I will reply on Monday. I will probably have intermitent access to my e-mail, so with any luck, I will be able to reply. (please, no jokes about intermitent access vs. intermitent failures...)


Best Regards,

Andre.
Mobile
"

Recebi dois comentários de feed-back, o que sabe sempre bem, principalmente quando são positivos...

"Andre,

I really enjoy your out of office messages :-) They are really entertaining for the tough times we are in.

Regards,

Vijay
"

und...


"Hello Andre

I like Your out of the Office comments below,

received from Magna Customer, talk to You later!


Siegfried

-----Ursprüngliche Nachricht-----
Von: robert@magnasteyr

Hallo Siggi!

Perfekte Abwesenheitsnotiz!

Lg
robert
"

sexta-feira, fevereiro 06, 2009

Cortando grãos de café...

Fazendo jus à minha condição de solteirérrimo, gosto de cozinhar. Gosto mesmo, de preparar qualquer coisa, arranjar os ingredientes, sentir os cheiros a formarem-se. Então o cheirinho do refogado quando sai bem feito, já é suficiente para me deixar animado.

Pelo menos, assim foi, nas duas vezes em que consegui que o refogado ficasse bem feito.

De resto, já me tornei bom a fazer massas pré-feitas, e a preparar refeições congeladas. Uma das vantagens de morar sozinho é poder comer o que me apetece, quando me apetece...

Mas apesar da larga experiência em cortar cebola e alho para os cozinhados, ainda me faz impressão ver os tipos na televisão, a cortar aquilo aos pedacinhos como se fossem máquinas. Como é que é possível??? Tipos com experiência consagrada, ainda vá, agora putos como aquele Jamie Qualquer-Coisa a cortar cebola como uma 1-2-3, e os malditos pedacinhos ainda saem melhor do que os meus, que demoro três quartos d'hora para cortar o raio da coisa (interrompidos por várias crises de choro, claro). Irrita-me.

Que raio de facas são aquelas??? Facas Ginsu Japonesas, daquelas que foram forjadas com metal retirado do último vulcão em erupção numa ilha perdida ao largo do Japão, e que cortam o ar, se for preciso? Só pode!!! Mesmo assim, se me dessem uma para tentar, o mais certo era cortar um pedaço da mão, quiçá até alguns dedos.

Mas como gosto de cozinhar, também gosto de comer. É um dos grandes prazeres da vida, sem dúvida.

No intervalo do MBA, aproveitei o facto de termos hora e meia livre, e fui até Leça, até ao Brasileirão. Gosto de lá ir ao almoço, é comida a peso e muito saborosa.

Não pude deixar de reparar que remodelaram o espaço há pouco tempo. Onde antes era revestido a fotografias enormes a P/B, agora são todas a cores.

Mas... alguns convidados ilustres que foram tendo, foram deixando a sua marca na forma de autógrafo. E tendo a sua foto exposta, claro que foram assinar no sítio da foto. Assim foi com o Martinho da Vila.

Só que, ao mudarem para fotos a cores, no sítio onde antes estava uma foto do Martinho da Vila, agora está uma de um qualquer peão a manusear grãos de café, ou ouro, talvez. Só que o autógrafo do Martinho lá continua. Quer isso dizer que o cantor das "Mulheres" é comparável a um peão de fazenda? Ou que fugiu sem pagar, e por isso consideram-no persona non grata, e comparam-no a uma profissão de salário mínimo? Ou será que aquele operário canta tão bem como o Martinho?

Não sei, mas às tantas ainda vamos ver o Martinho da Vila a cantar em honra aos Cafés Delta...

segunda-feira, fevereiro 02, 2009

Baile? Oriental????

Gosto de festas.

Gosto de aproveitar os fins de semana para extravasar o stress da semana, sair da rotina diária de casa-trabalho-casa, sendo este percurso invariavelmente feito de noite, nos dois sentidos, o que se torna deprimente.

Gosto de estar com os amigos, beber (com moderação...), divertir e divertir-me. Dançar, curtir boa música.

Nesse sentido, quando começaram a surgir anúncios ao "Baile Oriental", a realizar no lindíssimo Palácio da Bolsa do Porto, comecei a pensar que seria, provavelmente, a festa do ano, apesar de ainda estarmos em Janeiro.

A expectativa era grande, tanto pelo local, que ainda não tinha visitado (apesar de ser tripeirinho de gema), como pela música, que prometia ser boa (DJ conhecido planeado), como pela classe do evento. Para isto contribuiu a indicação de que o "jeanswear" seria interdito. Ou seja, esperava-se uma noite de gala, com motivo oriental.

Bem...

Que porcaria...

O espaço, de facto, vale a pena. É bonito, é emblemático, é histórico. Mas os fundadores da Associação Comercial do Porto devem ter dado voltas no túmulo quando surgiu o convidado musical... um tipo saído de algum restaurante "Real Indiana", a anunciar uma valsa, para a qual convidava os casais para uma dança na pista ("Oriental"???).

E heis que ele começa a cantar... a valsa...

so-ee mukand durbal Dhan laaDheeeeeeeeee... jap mukand mastak neesaanaaaaaa... E por aí fora. ("Oriental"??????).

Canta meia dúzia de músicas e no final ainda acaba com uma versão ignóbil do "World Hold On", do Bob Sinclair. Deve ter sido mais uma valsa, nós é que devemos ser ignorantes ao pensar que é pop de Bollywood.

Note-se que o homem começou a cantar pela 1h30, quando supostamente aquilo devia ter começado à meia-noite. Mas a essa altura, o jantar (para quem pagou 60€) ainda ia a meio, éramos rodeados de empregados a transportar pratos com 3 fatias de carne assada e arroz de ervilhas, a caminho do salão árabe.

Depois, uma exibição de Kung-Fu de alunos da Escola de Artes Marciais do Porto. Ah, mas havia um chinês, a tirar fotos e a bater pratos musicais. Sim, porque os atletas eram todos portuguesinhos de gema.

Depois vem a música... De salão. Música tipo chill-out, só que ao início da noite. E assim ficamos até às 3h, altura em que finalmente entrou em cena o DJ Ravin. Esse sim, lá puxou pela malta. Só que nessa altura, estava eu na fila para deixar peças de roupa no bengaleiro, onde fiquei mais algumas dezenas de minutos.

Mas isso não foi nada, comparado com o suplício de quem tentava obter uma bebida num dos bares disponibilizados. Houve quem ficasse bem mais do que 1h a tentar chegar ao balcão, para descobrir que o leque de escolhas era paupérrimo. Tinham gin, mas nem uma garrafa de água tónica. Fiquei-me pela 1ª bebida da noite, tendo desistido das outras 2 a que tinha direito. E noite sem copos, dificilmente é noite...

Ah, e a classe do evento? Finíssimo, com talvez 1/6º do pessoal em calças de ganga ou pior. E isto tendo eu um amigo que foi barrado à entrada, precisamente por estar de calças de ganga.

Enfim, salve-se o espaço e o DJ, mas tão cedo não me metam noutra. "Bailes" formais não resultam no nosso país, muito menos no Porto, onde os amigos entram como querem, e a organização deita a perder algo que podia ter sido especial...

...e o indiano nem um cartãozinho de desconto no restaurante nos deu!!!