quarta-feira, setembro 08, 2010

Descanso de férias

Aaahhh... férias...

É tão bom estar em férias... Não fui para lado nenhum, fiquei por casa, o que não é nada mau. Não há horário para levantar, não há ninguém a chatear para sair de casa a horas de ir para a praia, não há autocarro de excursão para apanhar.

Mas volta e meia a coisa corre mal. Hoje foi um desses dias.

Logo de manhã, acordo com a minha gatinha linda e fofinha, a dormir ao meu lado, na cama. Após algumas festinhas e um ronronar que sabe tão bem ouvir, viro-me para sair da cama, e o meu pé toca em qualquer coisa molhada. Pronto... esta gaja maldita já fez das suas, ainda por cima na cama!!! (note-se a passagem de bestial a besta mais rápida do que no caso Queirós)
Não foi bem o caso, após acender a luz vi que tinha vomitado. Ela, ocasionalmente, vomita o que come, suponho que tenha a ver com tipos de comida. E durante a noite lá lhe saiu, não pôde evitar. O facto da gosma estar numa extremidade da cama leva a crer que tentou sair da cama quando reparou no que estava para acontecer, mas não terá conseguido sair a tempo. Nota mental: nada de filetes de pescada para a gata nos próximos tempos.

Paciência, acontece.

Arranjo-me, faço alguns exercícios, numa vã tentativa de definir um bocadito o corpanzil, ouço um alarme na rua, mas ao olhar para fora não reparo em nada de especial, tomo um banhinho, visto-me, envio uns CV's, e ligo a um amigo para organizarmos o almoço em conjunto, tal como previamente combinado no dia anterior. Pede-me para nos encontrarmos às 13:15 no Norteshopping. Combinado. Como já não faltava muito, mas não me adiantava ir já, fiquei entretido a jogar um pouco de ténis na Wii.
Heis que chegam as 13:10, e desloco-me para o meu carro, estacionado à porta do prédio. Má sorte, tinha deixado os mínimos ligados, o carro estava totalmente sem bateria.
O alarme que tinha tocado de manhã, era o meu, a avisar que estava a dar as últimas.

Paciência, acontece.

Rapidamente fui buscar as chaves do carro do meu pai, que está permanentemente estacionado no meu lugar de garagem, aguardando pacientemente que a minha mãe ganhe coragem para voltar a guiar, e lá vou eu, já atrasado, para o almoço.

No regresso, estaciono junto do meu carro, e procedo às manobras de reanimação, com os cabos de bateria, que estão sempre na mala. Após ser bem sucedido na ressuscitação da minha viatura, e de a ter deixado correr o motor um pouco, lá desligo, e vou estacionar o carro do meu pai na garagem. Logo a seguir, volto para o meu carro. E nessa altura reparo que não deixei a bateria recarregar tempo suficiente, o carro acende as luzes mas não consegue ligar o motor.

Paciência, acontece.

Deixei o carro lá morto, e decido voltar às manobras de reanimação mais tarde, não vá os vizinhos repararem na cena e acharem que sou totalmente totó. Saio do carro com aquela pose típica do "está tudo controlado, era mesmo isto que eu queria fazer", e venho para casa.
Fui dar uma corrida ao parque da cidade, ao qual, mais uma vez, não consegui dar a volta completa sem parar. Ainda não tenho resistência para tal, começo a atrapalhar-me com a respiração e não aguento mais de 3 ou 4km. Que é como quem diz: à volta de 10 minutos.

Volto para casa, tomo um banhinho, e fico a ver o jogo de Portugal, em que a nossa selecção perde ingloriamente com a Noruega. Pronto, mais uns dias a falar no maldito caso Queirós. Eu não sou nada adepto do homem, mas isto que lhe estão a fazer é uma fantochada.

Após o final do jogo, saio de casa, e vou jantar ao Edifício Transparente. Janto como um alarve, na Cufra, e volto para casa. Tinha ido a pé para abrir o apetite, e fico contente por regressar a pé, para que a digestão seja mais fácil.

À chegada, como que num movimento contínuo, dirijo-me de imediato aos carros, estacionados lado a lado, e volto às manobras de reanimação. Deixo o carro correr um bom pedaço antes de desligar o do meu pai. Fecho-o, e entro no meu, para ir dar uma volta, para ter a certeza que a bateria recarrega o suficiente para que no dia seguinte não tenha problemas.

Basicamente, naquela do "já agora... anda-se mais um bocadinho", acabei por dar a volta ao Porto, não sem antes ir dar uma volta às imediações do Bairro do Cerco, por ter falhado a saída da VCI para o Freixo, e ter ido na direcção Gondomar. Ao fazer inversão de marcha, quase entrava directamente para o Bairro. Dizem que já não está tão mau, mas às 11 da noite, preferi não ir confirmar.

Passo ainda por casa dos meus pais, para trazer umas tralhas que lá tinha, e ainda bem que o fiz, porque enquanto lá estava deu-me para expulsar boa parte do jantar, numa forma que ainda ilude alguns cientistas, pois não era sólido, mas também não era bem líquido. Aaahhh, pelo menos sinto-me mais leve.

Paciência, acontece.

Venho para casa, contente pelo carro ter pegado quando o liguei, à saída de casa dos meus pais (tinha-o deixado à beira da garagem, porque se se desse o caso de não pegar, era fácil deixá-lo ali para o dia seguinte).

Estaciono a viatura no mesmo sítio de onde tinha saído, e venho para casa.

Ao entrar na cozinha, reparo que pisei merda. Não num sentido metafórico, como quem encontra uma situação que está mal, e vai lá torná-la pior ainda. Não, pisei merda mesmo. Calquei uma poia algures, provavelmente nesta parte final, à entrada do meu prédio. Para ajudar, estava de sapatos Wella, daqueles com uma sola jeitosa, cheia de rasgos onde o montezito de poia se pode enfiar livremente, mas dos quais é difícil retirá-lo, algo a que me dediquei, já perto da 1 da manhã, auxiliado por um jacto de água quente.

Paciência, acontece.................................... irrrrrra!