terça-feira, novembro 06, 2012

Ghost baby???

Eu tenho uma mente aberta. Diria até bem aberta. Gosto de estudar sobre o sobrenatural, gosto de programas que o exploram (ainda que muitos o façam de forma idiota), gosto de filmes sobre o tema, mesmo que depois me causem problemas em adormecer à noite, no quarto escuro, a pensar se os ruídos que ouço são feitos pelos gatos ou... por outra coisa.

Gostava imenso de acreditar que a vida não acaba quando morremos, até mesmo para poder acreditar que aqueles que conheci e que já partiram, apenas mudaram para outra forma de existência. Ainda não tive provas concretas disso. Enfim, tal como tanta gente, também eu já me senti observado quando não havia ninguém por perto, ou aquela sensação de que está alguém connosco, quando na realidade não está lá ninguém. Por outro lado, se senti claramente a presença do meu pai após ter falecido, por outro também me parece que isso teria mais a ver com o hábito de o ter por perto, que foi desvanecendo aos poucos.

Mas há uns dias, vi uma cena que me intrigou bastante.

Ao chegar a casa, estacionei o carro à porta do prédio, e uns metros ao lado estava um Renault Clio estacionado.

Estava vazio, e nos bancos de trás, tinha uma cadeira de bebé. Por cima, pendurado naqueles suportes no tejadilho dos automóveis onde tanta gente pendura o casaco, estava um mobile, um conjunto de brinquedos preso por um cordel. E este, movia-se.

Movia-se para um lado e para o outro. De início pensei o óbvio: "o carro deve ter ficado com uma janela aberta, e o vento faz balançar o brinquedo". Dei uma volta ao carro e não, estava tudo fechado. Pensei noutra situação óbvia: "tem um cão lá dentro". Olhei lá para dentro, preocupado até com o estado de um animal num carro com as janelas fechadas, mas não encontrei nenhum...

Procurei, no meio das minhas ideias, mas não encontrei muitos mais motivos lógicos para o abanar do brinquedo, que se mantinha. A rua não estava com particular movimento, por isso não seria da vibração causada pela passagem de carros. Havia ainda mais uma possível causa: tremores de terra indetectáveis por nós, mas que ocorrem todos os dias.

Fui confirmar à página do Instituto de Metereologia, e para aquele dia (28 de Outubro), não houve nenhum nas redondezas. Apenas um registado em Évora, outro em Sesimbra e ainda outro em Grândola. Ou melhor, não nestas cidades, mas nas estações sismológicas a elas referenciadas (por curiosidade, o mais forte destes foi o registado em Évora, com 1.7 na escala de Richter, é vulgaríssimo haver todos os dias 4 ou 5 mini-tremores, na ordem dos 2º, não nos esqueçamos que o planeta está vivo).

Ou seja... fiquei sem explicações. O dito mobile manteve o movimento durante vários minutos, muito para além do que seria normal se tivesse levado uma pancada e demorasse até parar.

Com isto, decidi-me a filmar um pouco, com o telemóvel. Comprovem vocês mesmos...