Eu sou uma pessoa, embora bastante racional, também bastante aberta a realidades alternativas.
Embora homem de engenharia e ciência, tenho bastante facilidade em acreditar em eventos sobrenaturais, outras civilizações, etc. Mas antes de formar uma opinião, tento pesquisar sobre o assunto.
O problema é quando se trata do “outro lado”. Ao pesquisar por factos, o único que surge são relatos de quem terá vivido experiências fantasmagóricas.
Ou seja, dificilmente algum dia (antes de lá chegar, pelo menos) terei a resposta a uma questão: o que realmente acontece?
Segundo os estudiosos, os fantasmas que assombram lugares famosos fazem-no porque ali tiveram uma morte violenta, não natural. Quem tem uma morte descansada, teoricamente não irá assombrar o local.
Mas ainda assim, penso que que acontece... Segundo Lavoisier, na natureza, nada se perde, nada se cria, tudo se transforma. Então e isso aplica-se ao conhecimento? À nossa essência? À alma?
Mesmo excluindo aqueles pensamentos típicos nestas alturas “ah, o teu pai vai estar sempre contigo, sempre ao teu lado, só não fisicamente”, o meu lado racional não aceita de bom grado a noção de que tudo desaparece num instante.
Mas, se acreditar que o meu pai, tal como os seus antepassados, de facto ainda permanece por cá (eles andem aí...), então será mesmo omnipresente, em toda a parte ao mesmo tempo? Ou será que anda a passear? E nessa segunda opção, será lógico acreditar que anda por onde lhe apetece.
Se for esse o caso, então a coisa complica-se... Apesar de ainda ser muito recente e custoso, ocasionalmente falo com ele como se estivesse de facto ali, ao meu lado. Geralmente a dizer tretas do fcp. Mas gostava imenso de sentir qualquer coisa que me fizesse pensar que ele está mesmo ali, a ouvir-me. Sei lá o quê... talvez um arrepio de frio, ou mesmo aquela sensação de que estamos a ser observados. Nada de livros a voar, isso já me parece fantasia a mais.
É que senão, eu até posso estar pr’ali a dizer mal do benfica à força toda, a pensar que ele me está a ouvir, mas na realidade pode estar a seguir o torneio de golf na California, ou a acompanhar a corrida de fórmula 1 na Malásia lá, in loco. Era o que eu faria... (ok, no meu caso, seria mais fácil “apanharem-me” nos camarins de um desfile de moda da Victoria’s Secret...).
Mas nem por isso vou deixar de falar com ele. Quem sabe um dia responde mesmo...
Saúde mental (escrito em 16/08)
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Hoje levantei da cama agora às 7:00 da manhã e desisti de dormir. Estava
muito ansiosa, com muitos pensamentos e resolvi levantar e ser produtivo.
Enfim, ...
Há 5 anos
1 comentário:
E responde. A mim já me respondeu. Como me responde ainda hoje a mae dele e a minha. Claro que tudo nesta area é subjectivo. Mas já lhe agradeci varias vezes sempre que a Cá come bem ou esta todo o dia bem disposta. Ou quando falo com a tua mae e lhe ouço uma gargalhada sentida. Ou quando divago por aqui contigo. E tambem quando penso como seria muito mais positivo ele poder estar aqui fisicamente a dar uma mão, uma força, um alento. E ainda quando nos vejo cada vez mais unidos. E claro que tambem falo com ele e lhe digo que me incomoda esta impressão que nos esquecemos. Ou que o colocamos em segunda fila.E tambem te posso dizer que como resposta, lá de onde quer que seja senti, não um arrepio, mas uma agradavel sensação tranquila. Era ele ou a minha vontade? Isso não sei, mas que importa? Acho que são as duas coisas juntas.Tem tudo a ver com o presente do indicativo. Nunca será passado.
Beijos bons da Tia C
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