
Está aí a chegar mais um Grande Prémio da Cidade do Porto, no antigo Circuito da Boavista.
Confesso que no 1º ano em que isto se realizou (2005), não pensei que tivesse o sucesso que acabou por ter, e que originou que este ano se repita, e num formato ainda mais ambicioso, com corridas para o Mundial de Turismos.
Para quem não conhece, o Mundial de Turismos é um campeonato em que correm carros de modelos que encontramos na estrada, mas alterados para competição. É um campeonato habitualmente emocionante, quando mais não seja pela questão do vencedor da 1ª corrida ter que partir atrás para a 2ª, o que evita a monotonia.
Ou seja, tem mais piada que a Fórmula 1, que é óptima para noites de insónia, e também mais do que os Indycars americanos, cujas corridas ovais acabam por ser sempre a mesma coisa.
Ainda assim, acho que a coisa poderia ser melhorada...
Se estamos a falar de carros próximos dos que se vêm na estrada, também deviam ter condições próximas das que encontramos na estrada. Ou seja, aqui ficam algumas sugestões para tornar a coisa ainda mais emocionante, ao cuidado do Sr. Rui Rio:
- A pista deve ter buracos. Carros normais devem correr em estradas normais, ou seja, esburacadas. Ok, não com buracos em que cabe uma retro-escavadora, mas pelo menos com algo que dê cabo de um semi-eixo ou entorte uma jante;
- Devem existir zonas de velocidade limitada, com um radarzito escondido pela GNR. 1 Kilómetro à frente deverá estar uma patrulha da Guarda Nacional Republicana, que pára a viatura e efectua um procedimento normal... voltinha ao carro... apresentação sumária “boa tarde, sr condutor... faxófavor de apresentar os documentos próprios e da viatura”, com bafo de SuperBock, etc e tal...
- Quando há um toque, os pilotos devem ter no carro uma Declaração Amigável, e são obrigados a preenchê-la, sob pena de vir a viatura da GNR...
- Ao passar na bomba de gasolina da Boavista, deve haver uma tolerância para os pilotos que passem pela bomba, em vez da pista, para ultrapassar algum concorrente mais lento.
- Devem existir alvos laterais em locais predefinidos ao longo do percurso, tendo os pilotos que acertar nos mesmos com um cigarro semi-acabado, para assim ganharem uma bonificação nos tempos ou pontos.
- Deve existir um conjunto de carros preparados pela organização para entrar em determinada zona do percurso, de forma a causar um engarrafamento. Isto sim permitirá avaliar a perícia dos concorrentes.Antes do início de cada corrida, deve haver uma prova de vinhos, ou um almocinho bem regado.
Deve existir um medidor de decibéis na linha de chegada, para que se meça a explosão sonora de cada concorrente quando passa nesta zona do circuito, com as janelas abertas e a música a bombar. Isto dará também direito a um ponto de bonificação para o piloto com som mais alto. Claro que na altura de entregar o prémio, só mesmo com um megafone, senão o piloto não ouve...
1 comentário:
Porquê o hálito a superbock? É mais bagaceira da aldeia ou o velho croft. E no fim pode-se sempre dizer..." ó carapau de corrida, tens sapatilhas? anda-me apanhar!" :)
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