domingo, janeiro 08, 2006

Ainda o tabaco...

Ontem foi mais uma noite de copos. Ou seja, mais uma noite em que chegamos a casa como se tivéssemos ficado pendurados como presuntos numa sala a defumar.

Se os governos finalmente reconhecessem o tabaco como a droga que é, e optassem pela opção suicida (para a economia mundial) de acabar com as indústrias tabaqueiras, além dos milhões de postos de trabalho directos que seriam eliminados, muitos outros seriam afectados. Os principais seriam nas indústrias que produzem o Febreeze e semelhantes... Alguém chega a casa e diz "Hmm... a roupa ainda mantém o aroma do perfume que pus de manhã... é melhor ir já mergulhá-la em Febreeze, para tirar o cheiro..."??? Não, claro que não. E nem todos chegam a casa e dizem "Bom, esta roupinha que vesti hoje lavadinha, vai já outra vez directa prá máquina!". As mulheres talvez o façam, mas os homens, caramba, vocês sabem do que estou a falar... Não se põe um par de calças lavado outra vez na máquina, só porque ter um odor impregnado de tabaco. A coisa ao fim de uns dias nem se nota... É aí que o Febreeze dá jeito. Aliás, acho que a publicidade desses produtos devia ser só dirigida aos homens.

Outra coisa é o pessoal que bate com os maços de cigarro antes de os abrir. Dizem que é para o tabaco "assentar" melhor. Muitos, depois de tirarem um cigarro, ainda o batem na mão ou na mesa, para as ervinhas todas lá dentro ficarem mais homogéneas. É tudo uma questão de técnica. O problema está naqueles que acham que esse momento é um dos grandes chamarizes sexys do tabaco. E ficam a bater com o maço de tabaco na mão durante segundos... minutos... horas, enquanto olham para as garinas à volta. Há quem o faça ao ritmo da música, há quem o faça enquanto masca uma chiclet de boca aberta. Como quem diz "olhem para mim, olhem para o meu estilo cool de bater o maço, hã?". Claro que as mulheres reparam naquilo e pensam "Olha para aquele tipo a bater o maço... sim senhora, que estilo... aquele é que daria um bom pai para os meus filhos...". Um dos grandes efeitos secundários indesejados desta técnica é a hipótese de se ficar com calos nas mãos, se a coisa for muito exagerada. E claro, nesta altura, os que reparam nisso ficam naquela: "hmm... será que o tipo tem calos nas mãos por bater com o maço, ou por passa muito tempo sozinho?..."

Seja um caso ou outro, não me peçam para cumprimentar o tipo...

4 comentários:

Anónimo disse...

que porcaria de invejoso

Andrew disse...

Deves estar enganado/a, inveja não tenho nenhuma, bem pelo contrário.

Mas obrigado por te teres dado ao trabalho de ler um post que fiz há 4 anos e meio. E sim, continuo a não gostar do cheiro a tabaco. Mas se toda a gente gostasse do amarelo, o que seria do azul...

Vasco Domingues disse...

Achei piada ao post, principalmete a parte de bater o maço xD

Anónimo disse...

achei bem legal :P