sexta-feira, dezembro 28, 2007

Igreja sem clientes

Nesta época natalícia, tem-se assistido a alguma reclamação da Igreja por notoriedade. Dizem que há um aumento preopcupante dos ateus, uma debandada geral dos fieis.

No dia de Natal, veio o D. José Policarpo, nosso cardeal patriarca, pedir mais fé, mais crentes, mais respeito pela igreja. E se a igreja se preocupasse em chegar mais perto dos que (ainda) são crentes??? Queixam-se que as seitas ganham terreno, roubam adeptos à igreja tradicional, mas nestes cultos paralelos, geralmente as missas são transformadas em espectáculos musicais, em que o público é convidado a participar, ou em que o "pastor" vai para o meio do público contactar com os devotos. Em que missa católica se vê isso??? Quanto muito, o padre Borga lá desata a cantar, mas que eu saiba, é o único.

Dizem que o filme "A Bússula Dourada" é manifestamente anti-religião, de modo que a igreja boicotou-o. Ora porras, nunca o papa tomar posição contra o Exterminador Implacável! Dizer que um filme que lida com um objecto com poderes, animais falantes, universos de fantasia, é anti-religião, só porque o autor da história já tinha dito que era ateu? Poupem-me...

Ainda ontem vi um documentário sobre a relação da igreja com a sexualidade. Não nesse sentido... Mas no sentido do celibato obrigar a um acumular de energia que tem que ser libertada de outra forma, em algumas seitas através do castigo físico. Desde o início dos tempos cristãos até ao ano de 1100 e qualquer coisa, todos os 39 papas tinham sido casados. Mas a certa altura houve um iluminado que decidiu que o homem deve ser puro. Pois... nota-se, com os escândalos de pedofilia de há uns anos atrás (quase todos abafados). Há um culto, um mosteiro no deserto do Sinai em que os crentes acreditam que todos os homens devem manter-se celibatários, pois só assim demonstram o amor por Deus, mesmo que isso signifique o fim da raça humana! E ainda falam de seitas??

E as freiras... aaahhh as freiras... esses pinguins fora d'água... Supostamente são noivas de Deus, com quem se encontram na hora da morte. Espera aí... "noivas de Deus"? Então Deus não devia manter o celibato? Se esse tem noivas, porque raios um padre não pode ter??? E porque raios o Deus só quer freiras? É que quando pensamos numa freira, não é propriamente a imagem de uma top-model que nos vem à cabeça...

Quer dizer... Deus (ou o JC) têm milhões de noivas, que só obtêm a consumação do acto quando estiverem cadavéricas, mas proíbem os padrecos de ter noivas (embora os obriguem a dar conselhos sobre a vida em comum num casamento). Não podem (supostamente) dar uma queca, sabendo que o sexo liberta substâncias pseudo-opiáceas e analgésicas, produzidas pelo nosso próprio corpo, e que de outra forma se vão acumulando, o que está provado não ser muito saudável, física e psicologicamente...
Por essas e por outras, eu prefiro ser ateu...

E o burro sou eu??? E o ruim sou eu???

sexta-feira, dezembro 21, 2007

É Natal, é Natal, é Natal, é Natal, é Natal...

Nota-se que é Natal...

Hoje entrei no combóio, e imediatemente me entra nos ouvidos uma música, vinda do sistema de som do combóio: "É Natal, é Natal, é Natal.... é Natal, é Natal, é Natal.... é Natal, é Natal, é Natal..." e por aí fora.

Acho que nunca tirei o leitor de MP3 do bolso tão rapidamente como nessa altura.

Mas mesmo assim, tive que colocar a música bem alta para conseguir abstrairme do coro de Stº Amaro de Oeiras ou lá o que raio fosse.

Ainda assim, ainda consegui notar quando mudou de música, e ouvir o refrão da música seguinte:

"Noite de natal
Noite de magia
Se fosses maior
Mais natal havia!"

Oras... isto dá que pensar... Terá a letra sido inspirada durante a visualização de uma película porno-erótica? Ou terá o autor fantasias com o Pai Natal? Ou estaremos apenas a falar de uma longa noite? Uma criança inocente levará o contexto para uma prenda, ou um bolo. Mas nós adultos, que temos a responsabilidade de ouvir uma quadra e tirar as devidas elações, sabemos bem que não pode ser relacionado com uma prenda ou doce. Ao ouvir esta música, apenas uma coisa me veio à cabeça: o Mutombo com barba branca e fato vermelho.

Tremo de medo ao pensar que daqui a pouco mais de 1h, voltarei a entrar num combóio, de regresso ao Porto, e provavelmente irei ouvir novamente esse maldito CD. Pobre de quem tem que ouvir aquilo o dia todo! Como o revisor... ou melhor, "assistente de cobrança e vendas", era o que estava escrito num pin, logo abaixo do nome: "Ovídio Mateus".

...

"Ovídio"?

Chiiiiça...

Não sou de fazer pouco dos nomes que nos dão, até porque as pessoas não têm culpa, quando nascemos e nos começam a chamar por algum nome, não temos propriamente poder ou capacidade de recusar. Mas... "Ovídio"?...

Phone-ix, no que estariam a pensar os pais quando lhe deram esse nome? Que o rapaz iria ter uma grande exploração agro-pecuária quando crescesse? É que assim poderia dar um slogan engraçado: "Ovinos do Ovídio, ovelhas de pura lã virgem!". E como certificar que a lã é virgem? Provando que as ovelhas correm mais que o pastor...

quinta-feira, dezembro 20, 2007

Solteirismo vs Pets

Hoje, ao responder a um mail, falei mais uma vez sobre o movimento Solteirismo.

No texto, indicava que, até prova em contrário, não planeio deixar esse movimento.

Mas entretanto, ocorreu-me comparar uma relação amorosa com uma relação com um animal de estimação, ao nível de sabermos de antemão que vamos sofrer. Isto depois de ter visto uma jovem moçoila indicar que teve recentemente várias paixões em pouco tempo.

Quando temos um animal, a não ser que seja um papagaio ou uma tartaruga (cágados não contam...), a probabilidade do bicho morrer no espaço de 15 anos é muito alta. Ou seja, para quê ter o bicho, se já sabemos que, quando morrer, vamos ter momentos de dor e tristeza, perfeitamente evitáveis se optássemos por não o ter?

Aí a resposta é fácil... porque todos os outros momentos compensam isso. Penso nisso ocasionalmente, porque a minha gatinha "já vinha" com uma doença debilitadora, que torna a sua esperança de vida mais curta do que um gato normal. Mas nunca pensaria em não tê-la. Encho-me de ternura de cada vez que me olha com os seus olhos verdes e me pede festas. Ou seja: sei que, quando chegar a altura, vai doer, e muito, mas de cada vez que a ouço ronronar sinto que vale bem a pena.

Porque não sinto o mesmo quanto a potenciais relações amorosas? Porque, até prova em contrário, não seria o primeiro a pensar, quando a relação "morre": "Talvez não tenha valido a pena perder este tempo todo"... ;)

quarta-feira, dezembro 19, 2007

Uma fonte em casa

No passado Domingo, senti a casa algo fresca, o que não é normal, mas talvez (e só talvez) tenha sido por ter deixado uma janela aberta até às 8 da noite.

Já sabia que o aquecimento central não estava a funcionar, pelo que pensei que seria uma boa altura para tentar corrigir isso. Mas antes de chamar o pessoal da marca, resolvi ligar o dito-cujo, para tentar perceber se a reparação poderia ser coisa fácil ou não.

Liguei o interruptor ON/OFF, na sala, para 25ºC. Fui para a caldeira (a gás), tentar perceber a razão para a avaria.

Ouvia um silvo baixo, indicando que havia ali uma fuga, mas não percebi onde era. Ao fim de 1 minuto, a caldeira desliga-se, não havendo circulação de água para os radiadores.

"Bom", pensei eu, "não é a um Domingo à noite que vou andar atrás da fuga, amanhã vejo isso com mais calma".

Voltei à sala, desliguei o interruptor, e pronto, fui à minha vida...

Passado 1 minuto, há um estrondo, e quando vou à cozinha vejo um jacto de água a sair da parede... o tubo que abastece a caldeira com água (para a aquecer) saiu da parede, originando que a aguinha da companhia saia sem qualquer impedimento.

Perante aquela visão, primeiro tentei perceber se era possível cortar a água na caldeira, mas cedo percebi que não. Depois de 2 ou 3 segundos, que pareciam horas, lembrei-me de ir cortar a água, lá fora no hall dos elevadores do andar.

Começo a correr, mas como já estava com os sapatos (e calças) encharcados, ao por o pé esquerdo no chão, este escorrega e foge para a esquerda. Consigo aguentar-me com o direito, mas não sem fazer uma pequena esparregata, que espero não trazer consequências à minha futura prole!

Depois de desligar acidentalmente a água ao vizinho, lá desliguei a minha. Tinha 2 cm de água na marquise, que passei a hora e meia seguinte a retirar e secar.

Raio de forma de passar um domingo à noite...

domingo, dezembro 16, 2007

New York


Regressado de NY...

Que cidade fantástica. Há sempre coisas para fazer, uma semana não chega para conhecer tudo. Claro que não é possível comparar com o Porto, mas seria possível a um turista arranjar coisas interessantes para fazer aqui, durante 1 semana?

Já agora, para quem não sabe, diga-se que Nova Yorque e o Porto estão frente a frente, em termos geográficos.

Duas coisas me impressionaram pela positiva, aspectos que não esperava encontrar em NY:

- A simpatia das pessoas. Em todo o lado, toda a gente ajudava ou se prestava a isso. No metro, o pessoal apercebia-se que iríamos sair na próxima estação, e arranjavam-se para nos dar passagem. Na rua, qualquer encontrão (normais, com as hordes de gente na zona da Times Quare...) era seguido de um "I'm sorry...". Nos restaurantes todos eram prestáveis e simpáticos (pudera, à espera da gorjeta...).

- A beleza das mulheres. Poderia pensar-se que a seguir viria uma frase do tipo "era só boazonas!!!", mas não, não vou por esse caminho (hoje...). Fiquei surpreendido com a quantidade de mulheres bonitas, elegantes, altas, que se viam nas ruas, mesmo fazendo a filtragem de quais seriam turistas ou locais. Estava à espera de encontrar a típica americana, cheiinha, feiosa, mas de facto não.

E que bom é entrar em restaurantes ou bares e sair de lá com a roupa a cheirar ao mesmo odor que tinha à entrada!!! Que me perdoem os fumadores, mas estou ansioso para que chegue a lei do tabaco...

domingo, dezembro 09, 2007

Viagem para NY

Vim para Nova Yorque uma semana, fazer compras e conhecer a terrinha.

A viagem foi pela nossa TAP, que não conseguiu apagar a imagem negativa que tinha.

Bem, pelo menos é bom ver como a nossa transportadora não faz descriminação na contratação de hospedeiras, nem ao nível da idade nem da aparência física. Há companhias que tentam ter hospedeiras jovens e engraçadinhas. Pffff, que atitude tão discriminatória... Ao menos a TAP tem matronas de 50 e tal anos, e mulheres que mal cabem entre as cadeiras, de tão larga que têm a cinturinha....

E ao fim de alguns anos, finalmente percebi o porquê da altura mínima para ser hospedeira. Não é por questões de elegância ou de altivez, naaahhh, é só mesmo para poderem fechar os armários das malas... É difícil imaginar uma senhora de metro e meio a tentar fechar as portinholas... aos saltinhos para tentar lá chegar, ou a pedir ajuda aos passageiros mais altos...

E os comandantes da TAP, é tão bom ver que têm aquele comportamento típico português, do verdadeiro aldrabão! O avião Porto-Lisboa atrasou duas horas, tendo uma recepcionista do balcão da TAP dito que o avião que faria esse trajecto vinha de Londres, e já vinha daí com esse atraso. Mas o comandante fez o favor de dizer que o atraso se deveu ao nevoeiro no Porto.

Nevoeiro??? Estava céu algo nublado, mas nada de nevoeiro!!! Porque raios terá o homem sentido necessidade de inventar essa treta, sabendo que os passageiros saberiam perfeitamente que não havia nevoeiro???

Já noutro avião, entre Lisboa e NY, andamos um pouco às voltas, certamente porque, devido ao atraso, seria necessário aguardar por uma hipótese de aterrar, no meio do movimento do aeroporto. Mas claro, o comandante português sai-se com uma "Sr.es passageiros, estamos a demorar um pouco mais devido à queda de neve no aeroporto de Newark".

Claro que, quando chegamos, todos os passageiros olharam pelas janelas e perguntam-se "neve??? qual neve???".

Pena, NY com neve até devia ser uma imagem engraçada... Será que os podemos processar por publicidade enganosa???

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Dói quando carrega? Então não carregue...

Quando conhecemos alguém, ficamos imediatamente com uma impressão da pessoa, seja positiva ou negativa. Raramente é neutra.

Reconheço que eu próprio não crio boas 1as impressões, pela natureza discreta e calada, mas é algo que se vai alterando à medida que as pessoas me conhecem.

Por essa mesma razão, tendo a não me guiar pelas primeiras impressões que os outros me causam.

No entanto, acho que toda a gente associa a expressão facial a determinados traços de personalidade. Todos ficamos com a sensação de que aquele tipo que era mesquinho e fuínha, tinha mesmo cara de fuínha... E há casos famosos... o Rui de Carvalho tem cara própria para fazer papéis de avôzinho, e é reconhecido como sendo boa pessoa, na realidade. E há alguém que não ache que o embaixador Jorge Ritto não tem cara de pedófilo??? Oops, isso ainda está a ser julgado, e é inocente até prova em contrário...

Bom, isto para falar daquela senhora de não-sei-onde, com a doença não-sei-de-quê, apanhada após uma infecção decorrente de uma operação, que foi obrigada a voltar ao trabalho pela Caixa de Aposentações lhe ter recusado a baixa médica, sendo salva pelo Teixeira dos Santos (e não pelo Ministro da Saúde, o que não deixou de me causar estranheza).

Há ali qualquer coisa naquela mulher que não "bate certo"... Não sei o quê, acredito que esteja com dores e que realmente não possa trabalhar, mas a expressão dela ao dizer que está cheia de dores horríveis... diz o contrário. Claro que é apenas uma opinião muito pessoal, mas o facto é que a senhora, na sequência da intervenção do ministro, foi convocada para uma junta médica que, supostamente, lhe iria finalmente justificar o merecido repouso, e no entanto foi ordenado o regresso à vida activa.

Quando o jornalista lhe pergunta quais os exames a que a junta a submeteu, primeiro diz "nada, nem me tocaram, praticamente nem olharam pra mim, só falaram", passado um pouco já dizia "só me viram aqui a cervical, mas mais nada, nem mexeram". Será que com mais um pouco de insistência, já admitiria que lhe fizeram testes completos, incluindo ressonancias magnéticas e toques rectais à próstata???

Será que uma junta médica, num caso com tanta exposição mediática, não iria examinar realmente a senhora??? Duvido.

Não sei, posso estar muuuuuito enganado, mas há ali qualquer coisa que não me parece muito bem...

sexta-feira, novembro 30, 2007

Joke

Esta, que recebi hoje, está tão boa que tenho que a colocar aqui...


No Metro, um anão escorregou pelo banco e um outro passageiro, solidário, recolocou-o em posição.

Pouco depois, o anão voltou a escorregar e o mesmo passageiro voltou a colocá-lo no assento.

Como a situação repetiu-se sequencialmente, o referido passageiro irritou-se e protestou:

“Bolas! Não me importo de ajudar, mas será que você não consegue sentar-se em condições?"

O anão respondeu:

"Meu amigo, há mais de cinco estações que estou a tentar sair, mas o senhor não deixa!!!"

quarta-feira, novembro 28, 2007

Congestionamentos???

Hoje cheguei ao apeadeiro onde habitualmente apanho o combóio para Braga à hora habitual, ou seja, em cima da hora.



Saio do carro já com o combóio a chegar ao apeadeiro, e vou em passo apressado para entrar na carruagem.



Vejo um lugar sentado. Sento-me. Reparo que ao meu lado está um tipo nos seus 30 e muitos/40's, de manga curta. À minha frente está outro tipo todo encasacado, de cachecol e barrete. "Portugal é um país de contrastes", penso eu, antes de reparar que não conhecia ninguém à minha volta (nenhum personagem do tal "quadro" de que falava num post anterior).

Suponho que seja normal, estou sentado numa carruagem diferente da habitual, mais próximo da frente do combóio.

Mas de repente, o combóio pára numa estação diferente da habitual. O que apanho às 7:44 não pára em S. Frutuoso. Nessa altura, olho para o indicador electrónico: diz "Destino: Guimarães".

Raios... Olha se tinha adormecido logo, acordava em terras do tal que batia na mãe, sem grande hipótese de vir para Braga!

Saio na estação seguinte, e aguardo pelo combóio para Braga, que aparece passados 5 minutos.

Neste, o display electrónico indicava que o atraso se devia a "congestionamento de tráfego"... Ora porras, estamos a falar de combóios! O número de aparelhos a circular é o mesmo todos os dias! Como é que pode haver "congestionamento de tráfego"???? Houve um engarrafamento??? O combóio para Viana do Castelo queria virar à esquerda no cruzamento e bateu no que vinha de frente??? Como raios é que há "congestionamento de tráfego" em linhas de combóio???

Podiam dizer a verdade, e indicar que o atraso se deveu a alguma criatura que se tenha atirado para a linha em suicídio (já não seria a 1ª nem a 2ª vez, desde que comecei a utilizar esse meio de transporte).

Bom, na realidade, é possível que haja algum congestionamento, se as fábricas que utilizam a via férrea para transporte de produtos não fizerem a gestão do tráfego correctamente. Mas em Portugal não acontecem erros de organização desse tipo. Naaaahhhhh...

terça-feira, novembro 27, 2007

Orgulho

Imagens que ficam do passado fim de semana...

Podia dizer muita coisa, da miserável prestação do guarda-redes da Académica frente ao Benfica, às declarações sobre a necessidade de demissão do Jardim Gonçalves, para que se coloque alguma ordem no BCP.

Mas não, para mim, não ficará nada disso na retina.

Ficará um combate de boxe, que vi no Domingo à noite no Eurosport, entre um Americano e um Russo. Dois pesos-pesados, profissionais, que deram um bom combate, a fazer papas de sarrabulho do crânio de cada um. O Americano (negro) tinha o filho, aí dos seus 10 ou 11 anos, durante todo o combate a incentivá-lo, incluindo uma boa série de "hit that motherfucker!!!", que se ouviam por todo o pavilhão. Em cada intervalo, o puto lá estava, com os treinadores, a incentivar o pai. Tal não tinha escapado aos ouvidos atentos dos comentadores, que por entre os impropérios típicos de comentador desportivo, que tanto comenta uma final do campeonato mundial como o funeral do Ti Manel Padeiro.

Até que, ao 11º assalto, o homem leva mesmo uma carga de porrada, e antes que ficasse com o cérebro em gelatina, o próprio treinador atirou a toalha para o ringue, o que significa a desistência do combate.

O miúdo, mal o árbitro dá o combate por terminado, salta lá para dentro, vai ter com o pai e abraça-o com força, reconfortando-o.

O próprio comentador não se conteve e soltou um "bom... este agora é um momento forte!".

A imagem ficou. Apesar de novo, o miúdo aceitou a derrota do pai, e foi reconfortá-lo assim mesmo. Quantas vezes um pai não se vira para o filho e, em vez de lhe dizer "sei que deste o teu melhor", o insulta por não ter atingido o objectivo?

Bom, tirando isto, ficou também a caricatura dos Gatos ao Scolari... "e o burro sou eu? o ruim sou eu?..." Na 2ª estava toda a gente a fazer gestos estranhos com a cabeça! :)

sexta-feira, novembro 23, 2007

Rapariguinha do Combóio.

Há uns anos, cantava o Rui Veloso sobre a Rapariguinha do Shopping. Hoje em dia isso está muito batido, por isso vou transpor a coisa para outro contexto...

No horário em que vou de combóio para Braga, todos os dias, era habitual entrar uma rapariguita bem interessante, em Famalicão.

Bom, mulheres bonitas há em toda a parte, e vão aparecendo algumas no combóio, mas aquela era diferente... Era mais sofisticada, sempre com a indumentária aprimorada (em termos correntes: "bem arranjadinha"). E chamava a atenção por isso.

Fazia parte do quadro, das personagens que se encontram todos os dias, e que praticamente já se cumprimentam, sem dizer uma palavra. Basta um encontrar de olhares para perceber se há ou não uma ligação, nem que seja "oh, mais um dia a aguentar a tua fronha!". Não era o caso com esta miúda.

Mas, já há umas 4 ou 5 semanas que não aparece, pelo menos não naquele horário, nem no imediatamente anterior. Já pensei no que lhe terá acontecido... mudança de emprego... mudança de casa...

Nunca tinha falado com ela, e provavelmente nunca iria falar, mas senti a alteração no quadro, ao ficar sem aqueles breves, brevíssimos segundos diários em que a via entrar no combóio e passar por mim em direcção a um lugar livre...

Bom, já de outras personagens não posso dizer o mesmo. Esta semana tive o infortúnio de ser acompanhado duas vezes por uma família (será?) de romenos. Pelo menos parecem-no, ar cigano e a falar algo que me pareceu Romani. Não que sejam mal comportados, nem arranjam confusão, muito menos não estão lá para assaltar ninguém, mas.... têm um odor... que raios, cheiram a presunto!!!

Sim, a presunto, como quando entramos numa taberna com imensas pernas da pernoca do bicho penduradas no tecto. Agora imaginem que as pernocas estavam já todas um pouco rançosas. Pronto, é esse o cheiro. Não deixa de incomodar, quando saíram (fizeram o percurso Porto-Famalicão), já estava algo nauseado, e deu para respirar de alívio... literalmente!

Eu até gosto bastante de presunto... principalmente no pão... ou com meloa, mas quer-se dizer... com braços e pernas e a falar alto... oh meus amigos... zz-zz....

segunda-feira, novembro 19, 2007

Primária

Na passada 6ª-Feira participei num jantar de colegas da primária.

Já foi o 2º jantar, mas o 1º já tinha sido há cerca de 10 anos, pelo que já não me lembrava de muita gente.

Foi bom ver como toda a gente está bem, pena não terem aparecido todos.

Basicamente, eu e o outro jovem moçoilo que apareceu, somos os únicos ainda solteiros e sem filhos! Todas as miúdas já estão casadas e com pequenotes, algumas das quais com vários.

Já me perguntaram "e isso não te dá vontade de também ter uma família?", ou "e isso não te faz sentir velho?"...

A resposta é "Não!" a ambas as questões. Não tenho nada contra quem constitua uma família cedo, mas não é para mim. Ainda me sinto novinho, com muito para viver!

E convenhamos, hoje em dia, quando falo com amigos casados e falo das viagens que faço, ou da vida que levo, e invariavelmente a resposta que ouço é "ah, pois, tu é que estás bem..." ou mesmo "eeee, quem me dera poder ter essa vida...". Claro, todos dizem também que a vida de casado tem vantagens e desvantagens, e que as vantagens compensam, mas geralmente dizem isto com uma cara que diz tudo....

Por isso, vou mantendo vivo o movimento pelo solteirismo! Viva as noitadas sem horas para acordar! Viva a liberdade de chegar a casa às tantas! Viva a liberdade de fazer o que nos apetece, quando nos apetece.

Isto, claro, até encontrar quem me faça pensar o contrário...

segunda-feira, novembro 05, 2007

Pepitas de...

Hoje cheguei a casa e tinha uma prenda da minha gatinha...

Tão gira que ela é... tão fofinha, tão riquinha.... a lindinha deixou-me um resto de poia na mesa da entrada. Um pedacito de uma cagadela inocente, que terá ficado preso ao seu rabiote felpudo depois da necessidade feita, penso eu.

Bom, acontece, com uma gata de pelo comprido, isto iria acontecer mais cedo ou mais tarde. Ainda bem que deixou este resto numa superfície vidrada, o que tornará a limpeza muito fácil.

Quando chego com papel higiénico embebido num produto para limpeza de "azares" causados por felinos, reparo que também está um pedacito na parede, mesmo junto à dita mesa.

"Bom, ela ao virar-se na mesa, roçou na parede e pronto, lá ficou aqui outro pedacito". Penso eu... Felizmente a parede tem tinta lavável, pelo que a limpeza também não foi difícil.

Coloco o papel higiénico no lixo, e reparo que pela cozinha tem mais alguns pedacitos... 3 ou 4... no chão... Começo a achar estranho... vou para a sala, mais dois pedacitos... alegria... uma data de pepitas de ouro negro para uma qualquer mosca mineira em dia de sorte.

Resolvo dar uma olhadela à bicha, já que todos os restos de caca parecem relativamente frescos.

Analisando a bicha, o horror: tinha uma poia presa nos pelos da cauda. Por onde passasse, deixava a sua marca!

Apresso-me a lavar-lhe a cauda (ao qual acedeu sem problemas, o que muito me espantou!), e depois disparo pela casa, para tentar perceber se os sofás ou a cama tinham sido afectados. Ufff! Felizmente, não. Posso descansar...

A miúda salta-me para o colo para pedir festas, e ao fazer-lhe a vontade, reparo que o horror ainda não tinha acabado... ela tinha um pedaço de merda nas costas, provavelmente trazido pelo que tinha na cauda! Toca a correr para o WC para acabar o servicinho! Já não foi tão fácil lavar-lhe as costas como a cauda, mas lá acedeu, algo relutante. Tornou-se mais fácil quando se entreteu a comer uma planta da sala, não ligando à minha limpeza.

E já agora, venha daí uma limpeza ao chão da sala e cozinha, com detergente perfumado!

Ainda assim, e depois de ter passado 1 hora nisto, depois de um dia de trabalho cansativo como são todos, não consigo deixar de olhar para os olhitos verdes da bicha, e pensar que é o animal mais bonito do mundo...

terça-feira, outubro 30, 2007

Un movimiento sexy...

Às vezes, dizem-me que a forma como coloco o saquinho de chá na chávena de água quente é efeminada.

Eu não concordo. Estão à espera de quê? Que deixe cair a saqueta e pronto? Não, um bom chá tem que ser minimamente misturado, para proporcionar uma homogeneização eficaz da infusão. Nem o vou fazer à bruta, senão metade do chá sai borda fora.

Não, não considero isso gayzola. O que sim considero gayzola é a forma como muito rapazola cruza as pernas. Isso vê-se muito nos combóios e cafés, homens a cruzar as pernas tal como o fazem as mulheres.

A questão é que a anatomia masculina não é igual à da mulher! Há ali qualquer coisa no meio! Tudo bem que poucos o usam convenientemente, mas está lá, dois badalos e um indicador. É que quando se cruza uma perna, juntinho como uma mulher, há 3 hipóteses:
1 – Ou o tipo é masoquista e gosta de os ter esmagados;
2 – Ou mesmo antes de cruzar a perna, o tipo faz um movimento pélvico que impulsiona os badalos para cima, escapando assim à tortura. Mas não é qualquer um que o consegue, é daquelas coisas só ao alcance dos monges de Shaolin, ou de tipos que aguentam 10h de sexo tântrico e acham o máximo não tocar na miúda;
3 – As jóias são de tal forma diminutas que não sentem o impacto aconchegante de coxa com coxa.

Não é para me gabar, até porque estou dentro da média, mas não consigo cruzar a bela da pernoca dessa forma tão efeminada. Tem que ser um cruzar mais aberto. O problema é que, como tenho 1,90m, e grande parte deles são ocupados pelas gambas, a perna aberta cruzada ocupa um espaço brutal, o que inviabiliza que alguém se sente ao meu lado e diga “uuhh, tens um cruzar de pernas mesmo másculo”... :)

sexta-feira, outubro 26, 2007

Escolha de lugar

A hora à qual apanho o combóio para Braga é das mais concorridas, é a verdadeira hora de ponta.

E isso leva a um problema. É que entrar num combóio e procurar um lugar para sentar não é tão fácil como num autocarro. É que num autocarro citadino, a viagem demora uns 20 minutos no máximo, e por sabermos que é pouco tempo, não há grande problema em sentarmo-nos ao lado de alguém que não nos diz nada.

Num combóio, a viagem demora perto de 1 hora. E isso obriga a uma escolha criteriosa... Não que eu tenha problemas de discriminação. Mas, por exemplo, esta semana sentei-me ao lado de uma senhora de idade, a qual reparei depois que tinha uma aparência algo andrajosa. A criatura tinha um odor a lixo... Mas senti-me mal em sair dali, por isso aguentei até Famalicão, onde a senhora saiu.

Hoje sentei-me ao lado de um tipo jovem, que cheirava a obra... Pronto, podia ser servente, sei lá.

Mas ontem, uns lugares à minha frente, ia um inútil a cortar as unhas!!!! Vá lá que eram as unhas das mãos, era pior se fosse dos pés! Pensava que esse flagelo já tinha sido erradicado da nossa sociedade, mas não! O homem tira um corta-unhas do bolso e toca a apartar o unhame!

Quem é que anda com um corta-unha no bolso das calças??? Estou a imaginá-lo a sair de casa de manhã, a perguntar à mulher onde está o corta-unhas, e ela a responder "está junto às chaves de casa, para não te esqueceres!". E se a unhaca salta e vai parar ao cabelo do passageiro da frente, como é? Pior, se o tipo da frente resolve bocejar na altura errada...

segunda-feira, outubro 15, 2007

Rádio Televisão Católica...

Ontem foi inaugurada a nova basílica de Fátima. Tem apenas 9 mil lugares sentados. Que raios, não sabiam ter aproveitado e fazer logo a maior igreja do mundo??? Tínhamos que ficar com a 3ª? É que nem quero saber onde são as outras duas, a partir do momento em que ouvi que era a 3ª, nem ouvi o resto. Que desilusão. Então um santuário tão opulento, tão rico, tão altruísta, não merecia coisinha melhor?

Ouviam-se muitos peregrinos a reclamar. O que se compreende. Afinal, em vez de terem uma longa recta para percorrer de joelhos, até à igreja maior, agora vão ter que contornar a 3ª maior igreja do mundo, o que dá o seu trabalho! Ai os calos!

Bom, não sou ninguém para criticar a construção da basílica, mas como pago os impostos, penso que tenho o direito de dizer que é ridícula a exposição mediática que teve a inauguração no canal 1. Foi emissão 6ª à noite e sábado todo o dia! Posso estar (muito) enganado, mas nunca vi semelhante atenção dada à inauguração do templo na Bobadela dos Hare Krishna, ou do Salão do Grande Acidente de Freixo de Espada à Cinta, das Testemunhas de Jeová. Nem mesmo da Mesquita do Profeta, ali para os lados de Cuba do Alentejo.

Que raio de independência é esta? Que raio de idoneidade religiosa é esta a demonstrada pelo canal público? "Ah, e tal, é um monumento nacional, e a maior parte da população é católica". Ora porras, também a maior parte da população é benfiquista e a mim ninguém me apanha a gostar dessa equipa da camisolinha cor de rosa...

De fora, a igreja parece um disco voador. Será uma homenagem ao que realmente se passou nos dias 13 de 1900 e troca o passo? Sim, por essa história de "sol dançante" nunca me convenceu... E entre acreditar nisso ou num homenzinho verde a conduzir o disco com a tosga, numa altura em que não se controlava o grau de alcoolémia dos condutores, não sei qual será mais fácil...



PS: Não gosto de igrejas, mas as que mais me impressionaram, do ponto de vista arquitectónico, foram a catedral de Viena, pela grandiosidade, e a basílica de Budapeste, pelo interior. E confesso que assistir a uma missa no santuário de Monserrat tem o seu quê de místico...

sexta-feira, outubro 12, 2007

Prefiro fiambre!!!

Mais uma semana, mais uma viagem.

Desta vez fui a uma reunião em Rüsselsheim, perto de Frankfurt, e à vinda parei em Barcelona para passar um dia a trabalhar em Martorell (a 30 km da Ciudad Condal).

Correu tudo bem até à última viagem, de Barcelona para o Porto. Acabada a tarefa, um colega deixou-me numa estação de comboio. O combóio demorou quase 1h para chegar a Barcelona.

Chegado à estação central (Barcelona Sants), olho para o relógio. São 5h, o vôo de regresso é às 20h45, pelo que devo estar no aeroporto pelas 19h45. Tenho tempo e mais que tempo para ir fazer umas compritas, há uma loja de roupa que gosto, no início das Ramblas.

Lá comprei umas camisas, e saí às 18h45, em direcção ao Metro, que era ali ao lado. Apanho o metro para a tal estação de Sants, de onde poderia apanhar o combóio para o aeroporto.

Só que... havia greve da Renfe, aparentemente. Estava uma confusão que ninguém entendia. Mas lá apanhei o combóio, que andava mais lento que a conclusão do processo Casa Pia. Cheguei ao aeroporto, mais propriamente ao balcão de Check-In (da nossa TAP) às 20:10.

E já estava fechado.

Fecha 45 mins antes da hora de partida. Raios.

Pergunto "o que faço agora?" a uma miúda da Lufthansa, no balcão do lado, que também estava já fechado, mas ainda lá tinha alguém. "Não sei", diz ela, "tenta ir ao balcão de informações da TAP, lá devem ajudar-te".

Vou lá, e diz-me o tipo que nada a fazer. 30 minutos antes da partida, e já não me podem meter no avião. Ainda por cima ia em classe "Business". Então para que porras serve esta classe??? O próprio nome "Business" dá a entender que um "Businessman" pode acabar tarde uma reunião e chegar à última ao Aeroporto! Claro que o saco de compras com o símbolo da loja não me dava grande credibilidade a esta desculpa...

Mas que raios, a mala que eu tinha podia perfeitamente ir comigo no avião. E não acredito que estivesse cheio, no vôo que me arranjaram, no dia seguinte logo pela manhã (madrugada...), havia imensos lugares vagos.

Rais parta a TAP. Fico sem perceber para que raios serve a classe "Business", já que a diferença de preço é considerável. É que noutras companhias, há um balcão apenas para essa classe, e que fica aberto até mais tarde. Na TAP/Portugália não. O acréscimo de preço é justificado pela salsicha e omelete que nos dão na refeição, em vez da sandocha de fiambre manhoso.

Pois, se é assim, fiquem lá com a salsicha, prefiro o fiambre...

quarta-feira, outubro 03, 2007

Escuta-me...

Falou-se na atitude do Santana na Sic Notícias, quando o interromperam para o país ver o Mourinho a dar uns passos em solo português.

Pessoalmente, goste ou não do homem, achei que esteve muito bem. Por muito que goste (e gosto) de futebol, não é algo que possa justificar a interrupção da entrevista.

Mas é tendência geral da sociedade, e da comunicação social.

Ainda hoje (3ª), estava a ver o telejornal da TVI, que abomino, mas à 3ª inclui o MST, que traz algum nível à coisa.

E falam nas escutas reveladas pelo semanário SOL, que indicavam alguma animosidade nas hostes governamentais, aquando da substituição do Procurador Geral, o famigerado Souto Moura.

Pergunta o jornalista "Miguel, tu como jornalista, concordas com esta lei? (a que impõe que apenas escutas de processos já arquivados e autorizadas pelos visados podem vir a público)"

Para grande espanto do rapazito, o MST responde "sim, concordo... não há ninguém em Portugal que possa dizer que "todos os meus telefonemas podem ser tornados públicos", todos temos momentos de desabafo em que dizemos coisas que podem ser mal interpretadas". A partir daí, os 2 jornalistas da TVI, treinados como estão em sensacionalismo e causar escandaleira onde não há assunto que faça mexer uma preguiça, tentaram de todas as formas levar o MST a tomar o seu partido. O autor do Equador aguentou-se, não propriamente estoicamente, mas normalmente, como só ele sabe.

Gostei particularmente do final, em que os miúdos concluem com um "bom, pelo menos esperemos que os jornalistas continuem a fazer um bom trabalho", ao que responde o MST "O que neste caso não aconteceu, foi um trabalho muito mal feito (o de revelar estas escutas)".

Toma! Embrulha! Vai buscar! C'um catano!

E agora preocupem-se em saber quem foi o energúmero que divulgou as escutas. Nem sequer tinham entrado no processo, por terem sido consideradas sem importância. Onde pára o segredo de justiça?...

terça-feira, outubro 02, 2007

Aquela triste e leda madrugada...

A noite no Porto não anda muito bem. Nem digo isto pelos episódios de tiroteios e violência entre gangs de seguranças. Para mim, podiam ir todos para Custóias, e não era propriamente vender peúgas para a feira...

Digo isto porque no sábado passado foi-me recusada a entrada numa conhecida discoteca da zona da Foz. Ultraje! Infâmia! Oh Tragédia!!!

Estava sozinho, é certo, mas tinha pessoas conhecidas lá dentro. Mas mesmo que estivesse sozinho, qual era o raio do problema? Esta mania de só deixar entrar mulheres não deixa de ser discriminação! Aliás, os homens geralmente gastam mais do que elas. Senti-me discriminado! É que não me considero tão feioso como isso. Ok, é verdade que, para aquele bar em particular que não importa revelar (ok, cujo nome começa por T, acaba em S, e tem a palavra “ganhar” em inglês no meio... Ok, o Twins!), talvez não estivesse bem arranjadinho. Para se entrar lá, é necessário estar vestido à betinho, ou como alguns dizem “à CDS-PP”. E eu não tenho jeito para isso.

Claro que os conhecidos e amigos do rapazote que fazia a seriação à entrada, entravam nem que fossem maltrapilhos, daqueles a quem se dá uma esmola na rua, mesmo que não estejam a pedir. O rapazote também é figura conhecida na noite, de iniciais P.A.

Entretanto, vi uma mensagem num grupo do hi5 de uma jovem moçoila que também foi barrada à entrada do Pop. Pelas fotos, a mulher até é bem interessante. Seria o porteiro (ou para ser politicamente correcto, o “Gestor de Triagem e Recepção”) totalmente gay?

Bom, quando isto acontece, só temos é que pensar “eles é que perdem!”.

Se fosse fiel aos meus princípios, nunca mais lá voltava... Mas infelizmente, há poucas escolhas no Porto, para quem tem mais de 25 anitos. E além disso, quando lá vou, o ambiente é selecto e até tem umas miúdas jeitosas... J (se não podes vencê-los, junta-te a eles!!!)

domingo, setembro 30, 2007

Tournée Europeia

Bom, suponho que isto não seria um bom blog se eu não colocasse nada sobre as minhas férias.

Fiz um périplo por 4 países da Europa Central. Eu diria mesmo Europa Imperial, porque a arquitectura é toda muito semelhante, fachadas de prédios e igrejas imensamente trabalhadas.

Comecei em Praga, fui para Bratislava (Eslováquia), de onde aproveitei para passar um dia em Viena (Áustria), e finalmente fui para Budapeste.

De todas, a cidade de que mais gostei foi, sem dúvida, Praga. E foi o pior hotel, que faria se fosse num hotel de jeito! O centro de Bratislava é bonito e pequeno, o que é bom para pés cansados. Budapeste também é uma cidade bonita, mas muito grande, e com um trânsito perfeitamente caótico, mesmo nos transportes públicos. Viena é... Viena!

Gostei de Praga por ser a cidade mais "Europeia", aquela em que realmente vi que poderia viver.

De uma forma geral, nota-se que Portugal está mesmo a ficar para trás, no combóio europeu. Já estamos numa das últimas carruagens, e por este andar arriscamo-nos a ficar num atrelado, presos por uma corda ao combóio.

Ah, e perguntam os machos: "E as gajas, hãã? E as gajas?"

Bom, realmente há que admitir que naquela zona, principalmente quando saímos de centros turísticos, onde as únicas nativas são as que trabalham nas lojas de souvenirs, vê-se uma razão qualidade/quantidade superior à habitual no nosso país. Claro que isto é subjectivo e depende de cada um, mas que culpa tenho eu de achar piada a miúdas altas, giras e elegantes???

Mas bom, o interior é que conta. E não gostei de, em Budapeste, grande parte das miúdas me olharem de cima a baixo, examinando a roupa. Há uns anos era assim em Portugal, hoje nem tanto. Ainda falta um pouco para a Hungria passar dessa fase.

Ao fim de semana e meia de viagem, soube bem voltar a Portugal. Não porque não ficasse lá mais tempo, mas porque me tinha acabado o dinheiro...

terça-feira, setembro 25, 2007

Salpicos

Vim há poucos dias de viagem, e hei de escrever um post sobre as férias, mas não vai ser hoje.

Hoje fiquei animadíssimo quando ouvi dizer que a Selecção Nacional retirou o apoio ao Scolari no caso da agressão ao sérvio. Fantástico! Será desta que aquela chefia da selecção ganhou juízo? Mas não, logo a seguir reparei que não era "retirou", mas sim "reiterou o apoio". Claro, quando o João Pinto acertou o gancho de direita no árbitro, no mundial, todos os condenaram, mas quando o Scolari falha um Jab de esquerda, todos os apoiam.

É este o nosso senso de justiça. O portuga é um rufia, um trafulha que só não foi irradiado por sorte. O brasuca é um justiceiro, um herói que quis defender o cigado de qualquer coisa que só ele entende.

Mas isso é coisa que, embora me tivesse interessado, não me tira o sono. Nah, há coisas bem mais importantes em que pensar!!!

Como por exemplo, hoje fui a um hipermercado, fazer umas compras necessárias cá para casa. Mas, oh raios, estava algo aflito para aliviar a bexiga (não para "aliviar o Bexiga", atenção às leituras e ao palavreado, que hoje em dia pode ser complicado!).
Sorte, sorte, o hipermercado tem WC, para onde me dirigo antes das compras.

Feito o servicinho, vou lavar as manápulas. Sai um jacto de água da torneira, que me molha com salpicos toda a zona erógena, revestida com umas calças clarinhas, ou seja, quem visse não ia pensar propriamente "olha, aquele rapaz molhou-se todo ao lavar as mãos...". Porque raios não arranjam daquelas torneiras doseadoras do caudal? Até poupam no consumo!

Bonito... Olho para o lado, para ver se o secador de mãos era eléctrico, já a pensar dar uma de "Mr. Bean" e tentar equilibrar-me para chegar com a virilha o mais perto possível do secador. Mas nem isso, era daquelas pseudo-toalhas que temos que puxar um pouco.

Raios. Saio do WC, e sorte, sorte: há uma caixa Multibanco entre o WC e o caminho para a zona comercial, local resguardado e mesmo com iluminação deficiente. Resolvo esperar para que sequem os salpicos, já que assim também aproveito e levanto algum dinheiro para as compras. Sou o 3º na fila.

Só que o 1º era um senhor a pagar todas as contas do mês. E digo todas mesmo! Edp, água, tvcabo, etc.

Passados 2 minutos, olho discretamente para baixo, como quem olha para ver se tem os cordões dos sapatos desapertados, e reparo na zona X. Está praticamente limpa. Porreiro.

Saio da zona da caixa multibanco e dirigo-me finalmente, ar triunfal, para o hipermercado. No curto caminho sou acompanhado por um casal, cuja filha, nos seus 3 anos, ia sentada no carro de compras, a repetir a palavra que o paizinho lhe ensinou hoje: "méda, méda, médaméda... méda méda..."

Aaah, como é bom ser português!

terça-feira, setembro 11, 2007

Epá, lembrei-me de mais algumas considerações acerca do ritual de matrimónio...

- O padre, ao entregar a óstia (ou o croissant, até podia ser um daqueles em miniatura, ou um daqueles pasteizinhos folhados com uma salsicha lá dentro), também devia dar a beber um pouco de tintol, que a óstia não tira a sede.

- O próprio tintol, tinha piada se o próprio padre tivesse que beber um pouco de tinto para acompanhar cada um dos fieis. Seria uma forma de garantir uma maior comunhão com os fieis, e também de garantir um final de missa fantástico.

- Devia haver uma regra para que os acólitos fossem todos escolhidos a dedo, no sentido de se arranjarem umas jovens escassamente vestidas, capazes de espevitar a generosidade dos fieis, principalmente os masculinos... O ofertório seria a ocasião mais esperada da missa!

- No copo d'água, coitados dos noivos, terem que ficar duas horas a tirar fotografias com cada um dos convivas. Porque não arranjar uma imagem à escala real, colá-la numa cartolina e espetá-la no jardim??? Assim cada convidado iria lá tirar a foto quando lhe desse na real gana, e colocava o placard na posição que mais lhe convinha.

Um colega meu organiza casamentos, na zona de Braga, pelo que rapaz: vê lá se aproveitas alguma destas valiosas sugestões para modernizar os casórios. A quem não se reveja e queira uma coisinha mais normal (ou seja, mais antiquada!), fica aqui o contacto e a publicidade gratuita: http://onossocasamento.pt

domingo, setembro 09, 2007

Modernizar os casamentos

Ontem fui a um casamento. Foi giro, os noivos estavam bonitos, a festa foi engraçada, até pela multiculturalidade adjacente ao facto dela ser portuguesa e ele turco, e ambos a trabalhar em Londres.

Mas há certas coisas que me cansam nos casamentos. Todo o ritual é exactamente o mesmo há centenas de anos! Não está no tempo de mudar?

Eu deixo aqui algumas sugestões...

- A entrada dos noivos: epá, nunca mais acaba, então se a igreja é grande, é um martírio. Deviam aproveitar as novas tecnologias, arranjar uma entrada mais "tchan!", tipo a noiva a saltar de um buraco no chão, no meio de fumo e raios laser, espevitar um pouco a cena.

- As orações, em vez de complementadas com o "Ele está no meio de nós", porque não "Eles andem aí"? É muito mais actual!

- Os padres devem perceber que a malta jovem de hoje em dia não tem a mesma linguagem, por isso deviam adaptar o discurso, tipo: "aqui o nino e a pita vão arrepanhar os trapos e dar muitos lol's de felicidade, e vai ser bué de fixe". E tentar dizer isto em Latim, porque não?

- Calor!!! Na igreja, ontem, estava um calor desgraçado! Isto para as senhoras não é mau de todo, pois os vestidinhos estivais obrigam a ter partes do corpo destapadas, mas para um homem de fato e gravata, é de morrer! Os convidados devem poder aparecer de bermudas, camisa havaiana e chanatas de dedo.

- A óstea já está passada. Porque não actualizar o acto de comungar com um croissantezinho, ou uma chamuça? É bem mais actual, e se calhar chamava muito mais gente a comungar...

- A altura em que todos se comprimentam também já teve melhores dias. Hoje vêem-se muitos jovens a sacar do telemóvel e a comprimentar todos os que estão num raio de 10 metros com uma mensagem escrita, enviada por bluetooth. Sugestão: detector de metais à entrada!

- A escolha do posicionamento nas mesas não devia ser a cargo dos noivos, mas dos próprios convidados. Ou através de um placard tipo "tira e cola", em que fosse fácil tirar um nome de uma mesa e colocar noutra, e cada convidado teria 3 hipóteses de alterar a sua colocação, repartidas por um período de 1 hora (enquanto os noivos tiram as fotos da praxe); Ou então através de um sistema tipo bingo, ou ainda através de uma dança das cadeiras adaptada, com toda a gente a dançar à volta da sala, e quando pára a música, todos se sentam no local mais próximo...

Enfim, apenas ideias, à consideração do clero! Há que modernizar os rituais litúrgicos!

sexta-feira, agosto 31, 2007

Guerreiros da Alvorada urbana

A noite no Porto sofreu um abalo no início da semana, com o assassinato de um dono de uma disco.

Já nos dois meses anteriores se tinham verificado outras mortes. Felizmente não nos sítios que habitualmente frequento. Ou seja, não é por aí que deixarei de sair à noite.

Mas realmente deve andar um clima qualquer no ar... já não basta vermos o norte do país correr o risco de ser invadido por ratos espanhóis, ainda temos que aguentar com quaisquer partículas capazes de alterar os pacíficos genes da nossa juventude.

Hoje de manhã, enquanto me arranjava para vir trabalhar, por volta das 7 da madrugada, ouço alguma comoção na rua. Moro perto de uma discoteca bastante frequentada à 5ª (e deserta nos restantes dias).

Quando espreito cá para fora, como bom mirone voyeur que sou, e descubro um grupo de jovens a voltar para os carros, obviamente enebriados. Boca pr'aqui, boca pr'ali, e inevitavelmente resulta em insultos que num instante escalam para a ameaça física.

Pobres de 3 gestores de limpeza pública (vulgo "lixeiros") da Câmara, que por ali passavam no momento, e se vêem privados das suas ferramentas.

Ou seja, eram 7h10 e estava um grupo de jovens na minha rua, em confronto directo, quais espadachins da era moderna, mas armados com aquilo que a cidade lhes oferece: uma vassoura, um recolhedor metálico de resíduos (como a pá que temos em casa para ajudar nas vassouradas) e um outro recolhedor mais pequeno.

Claro que isto acompanhado pelos berros estridentes das partenaires, a quem apenas faltava o pompom colorido.

Afinal, não chegaram a vias de facto... Um ainda lançou a vassoura, mas falhou o alvo. Imagino que os graus de alcoolémia tenham turvado a visão.

E os gestores de limpeza pública lá iam assistindo, tendo chamado a polícia que em pouco tempo apareceu em contramão para apaziguar os ânimos.

Já sabem: "Se for esgrimir, não beba"....

domingo, agosto 26, 2007

Muchachos en Venezuela

Ena, ena! Libertaram os miúdos portugueses raptados na venezuela!

Aleluia! Eureka! Euforia!

O governo português rejubila, o governo venezuelano canta vitória, o governador de Valência congratula-se! O.... hmm? O "governador de Valência"????

Valência?

Ah, pois, os miúdos vivem em Espanha, em Valência... E nem sequer falam português... Pois, chamar-lhes portugueses é só porque o pai nasceu cá antes de emigrar.

Pois, é mais um caso como outros, em que é suposto preocuparmo-nos com pessoal que nem sabe onde fica Portugal, mas como tem passaporte luso, é caso de segurança nacional. Faz-me lembrar aquele caso da miúda tailandesa, ou lá de onde raio era, que tinha passaporte português, algo que nunca se soube muito bem porquê, que foi apanhada com droga e sentenciada à morte.

Por outro lado, os contornos da coisa fazem lembrar aqueles 4 portugueses (esses sim lusos) que foram apanhados numa emboscada em Angola e assassinados. Na altura, lembro-me de pensar "quem é que se mete num safari em Angola, nesta altura???" (naquela altura, tal como agora, a situação de Angola ainda não é totalmente estável, principalmente fora das grandes cidades). Também neste caso apetece perguntar: Numa zona daquelas, com tantos problemas com guerrilhas, quem é que vai dar um passeio à fronteira com a Colômbia??? É estar a pedi-las!!! Se calhar é por isso que o pai não apareceu, foi ele que organizou a coisa... Estaria farto dos putos sempre a pedir playstations 3 e não sei quê, e fartou-se de responder sempre "no niño, que el poco que gano es para poner el pan en la mesa..."

Se foi esse o caso, talvez este rapaz não tivesse feito mal em ter umas aulinhas com os McCann... será?

sexta-feira, agosto 17, 2007

Nariz pra que te quero...

Ontem de manhã tive uma consulta de "follow-up" (acompanhamento para os menos habituados a estrangeirismos) da evolução da minha recuperação da cirurgia ao nariz e garganta.

Diz o homem, no meio das suas parcas palavras, que está a correr bem, a garganta está com "bom aspecto" e que as dores deverão desaparecer por volta do prazo dos 12 dias que tinha sido inicialmente indicado.

Já quando olhou pela narina esquerda acima, não ficou tão contente, dizendo que estava um pouco suja e que deveria limpar frequentemente. Pois, isso não tinha dito de início.

Com algum esforço (dele e meu!), lá conseguiu tirar umas catotas mais resistentes, que me estavam a impedir de respirar direito. E aconselhou a comprar um spray de limpeza.

Indicou que fôssemos a uma farmácia, e que bastaria pedir um spray de limpeza nasal, que nos davam o tal, composto por água do mar. "Convém ser água do mar", diz ele, "porque o sal ajuda a limpar as bactérias".

Pois bem, comprou-se o dito-cujo. Tem 3 níveis de pressão, do 1 (mais fraco) ao 3 (mais forte). Oras, como já sou grandinho e granda macho, venha de lá o 3.

Porra...

Aquela cena dá mesmo pressão a sério! Da primeira vez que testei, estava a ver que me saía água pelos olhos!!! Aquilo é bom é para lavar o cerebelo! O jacto é forte à brava! E não tem hipótese de regular a pressão. Assim realmente não há dúvidas que cumpre o objectivo indicado na caixa: "Remoção de crostas", pois, remove as crostas e tudo o mais que lá esteja!

Hoje quando ia a limpar os ouvidos de manhã, depois do banho, tenho a impressão que me saiu salitre pelas orelhas...

U. Leiria no Mundo do Futebol

Ontem realizou-se uma pré-eliminatória de acesso à Taça Uefa de futebol.

Chamam-lhe "pré-eliminatória" porque ocorre antes do período normal de eliminatórias, para triar as equipas mais fortes, geralmente de campeonatos que não têm grande expressão futebolística.

Face à boa participação numa competição ocorrida durante o início de Agosto, a equipa do União de Leiria ganhou a possibilidade de discutir uma participação na Taça Uefa com uma equipa de um tal campeonato, no caso, o israelita.

Essa competição inicial chama-se Taça Intertoto, e foi uma forma que o organismo que gere o futebol europeu (UEFA) desenvolveu para que houvesse algum espectáculo durante o verão, época normalmente de pausa.

Se não vai nenhum clube português à Taça Intertoto, a Uefa cai-nos em cima, e toda a gente reclama.

Por outro lado, se lá vai algum clube, ninguém lhes liga nenhuma...

Ontem, realmente, ninguém se interessou pelo jogo do Leiria. A SportTV preferiu dar um jogo entre o Bétis de Sevilha e o Saragoça para um troféu de verão do que um jogo oficial de uma equipa nacional. As televisões oficiais reservaram 90 segundos nos telejornais para este jogo.

O treinador do Leiria estava inconsolável... "Sinto-me enxovalhado como português!", dizia ele.

Por um lado, concordo com ele. Para que raio se fazem estas competições, e se promove a participação nelas, se depois não há interesse nenhum na coisa? É como eleger um presidente para um dos maiores bancos portugueses e dizer "pronto, agora sentas-te aí e não mexes em nada, senão levas tau-tau". É mais importante um raio de um jogo espanhol a feijões do que uma participação portuguesa numa competição oficial?

Faz-me lembrar os jogos paralímpicos (ou para-olímpicos?), quando voltam dos jogos, os atletas são recebidos por multidões em êxtase, promessas são feitas pelos governantes, mundos são prometidos, mas passados 4 anos, lá têm que andar a fazer peditórios para comprar as passagens aéreas...

terça-feira, agosto 14, 2007

Velha infância...

Ontem vinha no combóio e tive oportunidade de passar por uma experiência que me fez lembrar os tempos de infância...

Isto porque vinha ao lado de um senhor na orla dos 70 anos, completamente a dormir. E fez-me lembrar aqueles tempos idos...

Os tempos em que era um catraio, um pinto calçudo, um pequenote que mal sabia o que o esperava...

Os tempos em que podia ir a pé para o trabalho, pois nessa altura o trabalho era a escola, e as funções incluíam estar atento nas aulas, fazer os trabalhos, etc...

Os tempos em que havia uma cigana a vender chiclets com sabor a Coca-cola no final das escadas do Garcia de Orta, excepto quando passava a polícia...

Os tempos em que era normal ir a casa deste ou daquele, sem grande receio de que alguém nos pudesse raptar na rua.

Os tempos em que começamos a olhar para o sexo oposto com outros olhos, começamos a sentir emoções e sensações que nem sabíamos que por ali andavam...

Os tempos em que podíamos decidir entre ir a pé para casa, ir de autocarro, ou ir de eléctrico...

Basicamente, o homem acorda, e ao invés de ter aquele ar normal de quem acorda, ainda meio desorientado, age num movimento contínuo como se já estivesse a sonhar com aquilo: com a mão direita tira um lenço de pano amarfanhado do bolso direito das calças, leva-o à boca e RRRRROOOOOOOOOOSSSSSSPPPPPP! Lá vai a lura para o lencito, devolve-o ao bolso das calças e torna a fechar os olhos e encostar-se relaxado.


Ah, os tempos em que andava de transportes públicos...

domingo, agosto 12, 2007

Clínica do sono? Parece mais o talho!!!!!

Bom, fui à consulta para tirar os tubos, o médico tirou-os e nunca mais parei de sangrar.

Rais parta, e é que não pára. Amanhã volto lá para ver se isto é normal... Pelos vistos é, dito por quem já fez a cirurgia ao nariz.

De qualquer forma, reparei numa coisa, ao olhar para o que resta da minha garganta... Não tenho campaínha!!!

Sinto-me diminuído... mais do que dor, sinto desconforto na garganta (ok, e sinto dor também, mas não se compara ao sentimento de ficar sem campaínha).

Supostamente, o período de recuperação é de 8 a 12 dias... ou seja, em teoria, algures durante esta semana deixarei de ter dores. Mas será que deixo de sentir incómodo? Será que não me vai fazer falta a campaínha? Será que a minha masculinidade não se irá ressentir??? Será que vou ser o mesmo??????????

É que depois da barbárie efectuada na minha cavidade laringológica, fiquei com um problema que, esse sim, me preocupa... Não consigo dizer os R's!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Não é tão mau como o ministro Sagmento, os R's com a língua ainda consigo, mas os R's com a garganta não... amanhã vou-me queixar disto ao carnicero, ooops, ao médico, porque nunca me indicou isto como efeito secundário da operação. E desculpem-me as mulheres, mas preferia continuar a roncar do que agora ter que dizer "goncar".

Talvez seja enquanto isto recupera, e talvez quando a garganta deixar de estar inflamada volte a conseguir dizer todas as letras do alfabeto... é daquelas coisas que só reparamos como são importantes quando sentimos falta delas...

Se o tipo me diz que isto será permanente... ai temos o caldo entornado!!!

Para já, vou dando a devida publicidade negativa: problemas de sono? NÃO consultem a "Clínica do sono", do Dr. Anselmo Pinto, é homem de poucas falas, e daqueles que gosta muito do dinheiro que ganha com cada operação, ou seja, faz os possíveis para ter bastantes operações, mesmo quando talvez elas não sejam necessárias... para ajudar, a Médis paga certinho...

quinta-feira, agosto 09, 2007

É hoje! Adeus aos tubos!

Aleluia! Vou tirar hoje os tubos que tenho enfiados no nariz!

É que isto já chateia, incomoda bastante, principalmente na altura das refeições, e ao dormir. Já para não falar na fala, é que estou verdadeiramente com "uma maneira esquisita de falar"...

Além disso, chateia estar confinado às paredes de casa, sem poder apanhar sol para não aumentar o risco de hemorragias. E com este sol que tem estado... ninguém acredita quando digo que não saí de casa!

Posso dizer que a programação da TV durante o dia não é má de todo... isto, claro, para quem tem acesso aos canais por cabo, porque se fosse a contar apenas com os 4 canais portugueses, valha-me Deus!!! Os programas da Fátima Lopes e do Goucha são execráveis! O do 1º canal ainda se aguenta, mas é obviamente preferível mudar para um AXN ou um FOX.

Ainda assim, e como não gosto de ficar parado, acabo por ter vontade de ir trabalhar. Parece impossível... Provavelmente, se realmente hoje tirar os tubos e me sentir melhor, amanhã já me vai custar ir trabalhar, porque aí já estarei bom para fazer outras coisas...

quarta-feira, agosto 08, 2007

Pós-operatório

Detesto hospitais.

Bom, a minha operação nem foi num hospital, foi na Casa de Saúde da Boavista. Mesmo assim, detesto esse ambiente.

A operação que fiz, ao nariz e garganta, correu bem. Só que na tarde desse dia, comecei a perceber que tinha qualquer coisa na garganta, que não devia lá estar. À noite lá arranjei coragem para olhar para o espelho, e vi que, além de estar tudo esburacado (tiraram-me a "campaínha"!!!), tinha um pedaço enorme de sangue coagulado na entrada da garganta, o que me impedia de comer normalmente.

Disse-os às enfermeiras (uma delas bem gira! bem melhor que o habitual naquela casa - freiras cinquentonas), mas disseram-me (sem olhar) que era melhor beber bastante água para tentar desfazer o coágulo. Só no dia seguinte, quando o médico entra pelo quarto dentro às 7:30 da madrugada para perguntar se estava tudo bem e lhe digo "ora olhe bem cá pra dentro" é que ele diz "epá, você tem aqui um grande coágulo, é melhor tirar isto!".

Vão buscar o aspirador próprio para a coisa, mas no quarto não funcionou. Levam-me para uma sala de equipamentos, onde aí sim funciona, e me dão os parabéns por ter aguentado o processo de aspiração sem reclamar muito, como se elogia uma criancita por comer a sopa toda sem birra.

O problema foi depois: ao tirar o coágulo gerou-se uma hemorragia que teimava em não estancar. Vai daí, oupa para a sala de operações, com alguma urgência, porque estava a engolir sangue.

Hoje, dia seguinte, já estou em casa com dois tubos enfiados pelo nariz acima, que mesmo assim não impedem que de 2 em 2 minutos saia uma gota de sangue.

E isto tudo para deixar de ressonar... é bom que as minhas "futuras" saibam apreciar o esforço e agradecer aqui ao menino!!!

sexta-feira, agosto 03, 2007

RRRROOOOONC!

Acabei de saber que a minha cirurgia para a próxima 2ª-Feira está confirmada.

Sim, vou ser operado ao nariz e garganta. Porquê? Bem, não é tanto por mim, mas pelos outros... ressono!

Sim, eu ressono! Não tenho vergonha de o dizer! E não sou daqueles que pensa que homem que é homem, tem que botar faladura mesmo quando dorme, e para todo o prédio ouvir! Isso é que é ser macho, dizem alguns! É como mandar a bela bisga para o chão ou arrepanhar o ignóbil testículo de forma a reduzir a comichão induzida por anos de maus tratos e abusos da zona genital. Não é o meu caso. Também não me considero metrossexual por cuidar de mim e dos outros, é uma questão de saúde pública!

E nem se trata de evitar problemas como a apneia do sono, porque não a tenho, segundo os testes que fiz, é mesmo uma questão de incomodar os restantes.

E é chato, convenhamos... adormecer junto à miúda de quem se gosta, ter um soninho descansadinho, e acordar passadas umas horas, olhar para o lado e ver a rapariga com os olhos esbugalhados e grandes olheiras, com cara de quem não pregou olho a noite inteira.

E os vizinhos... eu ouço o vizinho de cima! Por isso, suponho que os outros também me ouçam a mim! Será que me vão dar uma prendinha quando deixarem de ouvir o estrondo nocturno? Ou isso ou pensam que estou para fora, e ainda me tentam assaltar a casa...

Só é chato quando o médico se vira para nós e diz "Olhe, tenho que lhe avisar que esta operação é simples, mas tem 8 a 12 dias de recobro com dores que podem ser fortíssimas!". Pelos vistos, depende de pessoa para pessoa, e há quem aguente na maior só com uns be-u-ron's. Espero que seja esse o meu caso, mas algo me diz que vou andar por aí a trepar pelas paredes e a morder almofadas...

quinta-feira, agosto 02, 2007

Now boarding for flight number...

Mais uma semana, mais uma viagem à Alemanha, a trabalho.

Começo a conhecer bem aquele país. Como qualquer outro, tem coisas interessantes, e outras não tão interessantes. Mas para quem toma contacto com ele pela primeira vez, como uma colega minha que foi comigo há 2 semanas atrás, tem um ligeiro choque ao aperceber-se que afinal, a Alemanha não é aquele supra-sumo de civilização que muita gente pensa.

Isto porque em Portugal há muito a ideia de que nós somos uns tristes, e lá fora é que é bom. Desengane-se quem pensa assim. Sim, somos pobretanas e estamos atrás deles no nível de vida. Mas pagamos entre 30 a 40% de impostos, enquanto eles pagam entre 50 a 60%. E também se vê gente a cuspir para o chão, e vê-se muita coisa que funciona bem melhor cá em portugal (multibanco, via verde, etc). Ah! E lá paga-se para usar o multibanco, coisa que cá não acontece... por enquanto, mas as pessoas que reclamam contra pagarmos pelo multibanco também são as que dizem que "lá fora é bem melhor".

Mas na viagem, ocorreu-me uma coisa...
Há 3 situações em que toda a gente (não apenas os portugueses) tenta ser chegar em primeiro lugar:
- No embarque para o avião, onde se formam filas intermináveis de pessoal à espera de passar o bilhete;
- No avião, quando aterra e toda a gente se levanta para tirar as malas, apesar de ainda demorar uns 3 a 5 minutos até se poder sair;
- No levantamento das malas, onde todos correm para lá chegar e verificar que ainda é preciso esperar entre 5 a 15 minutos, dependendo do aeroporto, para que apareça a mala.

Nestas alturas, eu nunca tenho pressa. Fico sentado até estar pouca gente na fila, ou até se abrir mesmo a porta do avião, ou vou com calma para o tapete das malas.

E se, um dia, numa destas situações, ninguém se mexesse? Chamavam para o "Boarding" e ninguém se mexia... aí teria o efeito contrário, era toda a gente a ver quem seria o primeiro. A partir do momento em que alguém se levantava, funcionaria como tiro de partida numa corrida: toda a gente a correr para não ter que ficar na fila.
Ou no avião... as hospedeiras a dizer "então? ninguém quer sair???", e toda a gente sentada à espera que abra a porta, e a partir do momento em que esta abre, todos se levantam e atropelam para tirar as 3 e 4 malas que trazem (apesar dos regulamentos indicarem apenas 1 bagagem de mão).
Ou nas malas, toda a gente chegada na zona final do tapete, a olhar para a primeira mala de olhos esbugalhados, e o primeiro que desse um passo para chegar mais perto era rapidamente neutralizado pelo resto da multidão.

Mas a maior piada seria no embarque, sem dúvida...

terça-feira, julho 31, 2007

A mezinha do tempo - frase para a história

Hoje, no caminho para casa, vinha a ouvir a Rádio Clube Português, e a certa altura tinham como convidada em estúdio a Maria de Belém Roseira, aquele nanico de gente que foi ministra da saúde no governo do Guterres.

A senhora nem foi das piores enquanto lá esteve, mas hoje saiu-se com uma fantástica. A entrevista era em tom informal, e a certa altura, o locutor pergunta-lhe se ela tem situações não ultrapassadas, ou algo do género.

Resposta da meia-leca: "Bom, o tempo cura tudo... menos aquelas coisas que o tempo não cura."

Esta, para mim, do alto dos meus cabelos brancos, está ao nível dessa outra grande poetisa popular, a Lili que disse que "uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa". Diria mesmo que chega aos calcanhares do grande João Pinto, o tal que chutou a bola ao poste da própria baliza, para não ceder canto.

Depois desta, num restaurante ao jantar, na mesa atrás de mim, uma miudita, na traquinice dos seus 4 anitos, mais coisa, menos coisa, deixa cair um copo.

O pai fica furioso "Já viste o que fizeste???? Sua filhadap***!" (isto com a mãe e mulher ao lado)

A miúda estava sentada no lado oposto da mesa, junto à mãe.

Após algumas ameaças de porrada, o homem vira-se para a mulher, e solta um "então?? Dá-lhe no focinho, cara***o!!!"

Passados uns 20 minutos, quando saíram do restaurante, tudo tinha regressado ao normal, e foi o próprio energúmero que acompanhava (sorridente) a miúda na saída do local.

Digamos que há formas e formas de educar uma criança... Mas ainda bem que a miúda está a aprender desde pequena todo o léxico gramatical desta língua tão rica, principalmente em impropérios, onde é mesmo podre de rica!!!!

segunda-feira, julho 30, 2007

Dias de festa

A selecção do Iraque ganhou um jogo de futebol, em casa. Contra a Arábia Saudita.

Isto não teria nada de especial, se não tivesse sido no Iraque. Pelos problemas com a guerra do golfo, já não jogavam em casa há 17 anos, se não me engano.

E isto foi motivo de festa nas ruas do país. O problema é que naquela terra, quando há festa há quase tantos mortos como quando há guerra. Desatam aos tiros para o ar, e hoje de manhã a contagem já ia em 7 mortos.

Deve ser giro estar numa destas terras. De cada vez que há motivos para festejos, o pessoal baixa-se ou desata a correr para se esconder. E para ajudar, também é normal haver tiros de exultação nos funerais. Para aquela zona da Mesopotâmia, as agências funerárias devem estar para eles como as lojas chinesas estão para nós.

Haja alegria! Isto faz-me lembrar os festejos de Portugal, quando ganhamos um torneio em França, há uns 2 anos. Seria o torneio de Toulon? Não me lembro. Era uma das selecções jovens, tipo sub-19 ou sub-20. Nos festejos deram cabo dos balneários. Também, o que queriam??? Alguns dos jovens já têm o corpanzil bem definido. O Bruno Alves (FCPorto) estava nessa selecção. O problema dele é que tem 1,90m, e os balneários só têm 1,80m de altura...

Ele ainda tentou dizer que não tinha feito nada, mas os restos de pladur na cabeleira denunciaram-no. E não adiantou dizer que era um caso grave de caspa...

sábado, julho 28, 2007

Férias!!!!

Férias...

Está toda a gente a entrar em Férias... Autênticas multidões convergem para as zonas balneares, famílias inteiras levam o farnel para comer, hoje em dia nem precisam de levar o camping gás para aquecer o almoço, basta levar um pouco de óleo Fula e trocar pela embalagem de óleo Johnson que a filha adolescente teima em usar, e fritar o bife nas costas da jovem, quando esta está a dormir às 13h debaixo do sol abrasador.

E multidões de jovens adolescentes, geração morangos com açúcar, a rondar os nadadores-salvadores como moscas rondam uma poia. Interessante seria se fossem como aquele salva-vidas que foi noticiado outro dia... A miúda ia para a água fingir que se afogava, para ele a vir salvar, e ele berrava "epá, olha que eu não sei nadar!"...

Ahh... férias... sinto que estou a precisar de férias quando começo a ter atitudes estranhas. Como acabar de jantar e deixar o copo no frigorífico e a garrafa de coca-cola no lavatório. Ou como não ter paciência para discutir no trânsito... ou acordar ao fim de semana de manhã a pensar que tenho que já estou atrasado para o emprego!!! Bem, mas isso acontece todo o ano...

Ahh... férias... altura em que o centro da cidade fica cheio de turistas branquinhos como a cal, e as lojas ficam desertas ou fechadas porque os donos vão de férias... E época em que os taxistas têm oportunidade de praticar os seus dotes poliglotas. Já falei nos dotes linguísticos dos portugueses noutro post, por isso não o vou voltar a fazer. Mas convém traduzir esta última frase para estrangeiro, por isso cá vai: JÁÁÁÁ FALLLEEEEI NISSSSO, YES? NNNNÃÃÃAOO FALLLLOOO OOOOOUUUTTTRA VVVVVEEEEEEZZ, ÓRAIT?

Sim, férias.... ainda falta mais de um mês para as minhas!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

quinta-feira, julho 26, 2007

Rádio pirata

Gosto de ouvir rádio. Ouço bastante, no carro.

Geralmente, de manhã ouço a Antena 1, a partir das 6:00, quando acordo, para ouvir as notícias, e volto a ouvir no carro ou no combóio.

Gosto de ouvir as notícias, as notícias de desporto, o Portugalex, e às 8:20 mudo para a Antena 3 para ouvir a rubrica do Markl, com preferência para o “Há vida em Markl” às 2ª e 4ª, e o Laboratolarilolela à 6ª.

Anteontem, na altura do desporto, falam do Hugo Leal, ex-jovem-futura promessa do nosso futebol, que não conseguiu vingar em nenhum dos clubes por onde passou, e foi transferido esta época para o Osasuna, equipa espanhola que nem se costuma classificar muito mal.

No primeiro treino na nova equipa, o rapaz partiu o pé.

E O FABULOSO REPÓRTER DA ANTENA 1, EM ENTREVISTA TELEFÓNICA, SAI-SE COM UMA FANTÁSTICA: “Oh Hugo, esta lesão não estava nada nos seus planos, pois não?”!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Valha-me deus. Este rapaz (o reporter) deve ser daqueles que vai às vítimas de incêndios no verão e pergunta “então perdeu a casa e tudo o que lá tinha, diga lá o que é que sente”...

Estava à espera de ouvir o quê? Uma resposta do tipo “Ah sim, já estava à espera. Até tinha pensado que se não me lesionasse nos treinos, chegava a casa e mandava uma traulitada no dedo grande do pé, de propósito, porque gosto.”????

Mas isto não se ensina nas escolas de jornalismo??? Não têm uma cadeira de ética profissional??? Ou se têm, o que lhes ensinam? A fazer perguntas do tipo “olhe, você acaba de ser coroado campeão mundial e olímpico dos 100 metros barreiras, apesar de você não ter as duas pernas, está contentito ou é coisa que nem o aquece, nem o arrefece?”...

sexta-feira, julho 20, 2007

O Bi da Aveleda

Hoje, ao vir no combóio para o Porto, passei por um apeadeiro, em Aveleda, perto de Braga.

Na zona coberta do apeadeiro, um dos paineis laterais de acrílico continha a seguinte inscrição em letras garrafais:

P'ra além
do muro, P'ra
além da dor,
há smp alguem
bi
Carinna Desculpa

Quer dizer... há sempre alguém bi????

Óh meus amigos-zz-zz, francamente... Nem me passava pela cabeça que a quantidade de bi's na nossa sociedade era tão grande.

E é preciso pedir desculpa? As opções sexuais são com cada um. Talvez a Carinna não tenha achado muita piada...

Gostei também da particularidade de ter escrito "sempre" abreviado, porque não cabia a palavra toda. Escolheu mal o tipo de letra, devia ter feito o grafitti em Arial Narrow.

Mas vá lá que ainda assim, não é dos piores exemplos de português. Ainda tentou ter alguma pujança poética. Mas algo me diz que há de faltar pouco para ver espichado em alguma parede algo semelhante ao que, no meu ponto de vista, seria o exemplo perfeito da iliteracia tuga: "Kátia, pessote desqulpa!!!"

PS: Imagino que "bi" seja o nome do... rapaz? Mas pensando bem, seria diminutivo do quê? Albino? Albirto? Abil? Birnardo? Bitor? Naahhh, cá pra mim, é mesmo bi...

terça-feira, julho 17, 2007

Não vacila...

Eu não sou preconceituoso.

Não sou, a sério! Falo da mesma forma para um branco ou um preto.

Mas ontem... ontem fui à Fnac do Norteshopping. Fui lá a pedido de uma amiga, ver se encontrava um filme já com uns anos largos.

Ora, chegando à zona dos discos, dirigo-me à zona do computador que se pode utilizar para pesquisar discos, filmes e livros.

Estava lá o rapaz... Nesta altura, pensei que estivesse numa demanda semelhante à minha, em busca de qualquer coisa difícil de encontrar à vista desarmada.

Olho ao meu redor, não se vê nenhum empregado a quem pedir ajuda para procurar o filme.

Tento ir procurar o filme por iniciativa própria. Vou para a secção das comédias, procuro pela letra correspondente, resmungo por K não ser uma letra do alfabeto português, mas não encontro na letra correspondente.

O computador de pesquisa? Ainda ocupado pelo jovem negro, agora com a cabeça encostada ao monitor.

Volto a olhar em busca de um funcionário que me ajudasse. Népias, todos ocupados.

Fico uns segundos a admirar a alta resolução de uma televisão LCD que estava na zona de entrada das TV’s. Bonito. Grande imagem. Mas era só de 50 cm, e homem que é homem, tem que ter uma TV de 117cm na sala, mesmo que a sala tenha 20 m2, e a pessoa fique sentada a metro e meio da tv.

Volto a olhar para a zona do pc de busca. Ainda lá está o rapaz, agora a dançar freneticamente.

Vou até lá, para descobrir que o que ele anda a fazer é aproveitar a possibilidade daquele PC apresentar as músicas dos discos pelos quais se procura. E como ele gostava de kuduru... Pesquisava por um CD, e clicava no link para ouvir esta ou aquela música. E dançava, dançava... mas sempre agarrado à porcaria do PC! E brincava com a roda do rato como se fosse um DJ no melhor scratch! E aquela porcaria ainda tinha um som bastante alto!

Estava prestes a dar um toque no ombro do rapaz e a dizer “pisga-te”, quando aparece um funcionário na bancada da zona onde eu estava. Perguntei-lhe pelo filme, ele pesquisou e népias “não temos, nem me parece que exista em DVD”.

Alegria... venho-me embora, atrasado para o cafezito que já tinha combinado. Mas não sem antes voltar a espreitar a zona do PC de pesquisa, onde ainda estava o raio do p**** a abanar a bunda como se não houvesse amanhã...

segunda-feira, julho 16, 2007

Eleições Alfacinhas

Ontem foram as eleições em Lisboa. Acho que mais gente fora de Lisboa reparou nisso, do que os próprios alfacinhas, a julgar pela abstenção.

Mas ao menos, uma coisa correu bem, a meu ver. Quem ganhou cantou vitória, e quem perdeu teve a lata de dizer que perdeu. Dois dos candidatos apresentaram a demissão (Telmo Correia e Marques Mendes, já que o Fernando Negrão era uma aposta sua).

É pena outros não terem pedido a demissão também. Como o do Partido Monárquico. O Não sei Quantas da Câmara Pereira. Será que nunca vai desistir? Será que em cada eleição, seja para a presidência da república ou as intercalares para a Junta de Freguesia de Aguidares de Baixo, vamos ter que aguentar com o homem, a cantar que o que importa é a harmonia entre os povos, e que cantará até que a voz lhe doa???

E o Garcia Pereira??? Esse parece uma mosca à volta de uma poia! Nunca sai, por mais que o procuremos enxotar! Já na eleição para a presidência eu disse que o homem só deve ter os votos da família, mas mesmo essa deve estar a pensar duas vezes. Qualquer dia, a Comissão Nacional de Eleições terá nos requisitos para aceitar candidaturas “última alínea) Não ser o Garcia Pereira”. Deve haver alguma inconstitucionalidade no factor irritativo do homem. Nem sei como ainda não veio reclamar tempo de antena na derrota, por terem focado mais os grandes partidos no final das eleições do que o seu partido unipessoal.

E que tal o do PNR? Vai longe, esse, com as ideias de soberania, devolver Portugal aos portugueses, segurança, e tal. No dia em que quiser construir uma casa e não tiver quem a faça, porque os portugueses, oops, diria os lisboetas não se sujeitam a trabalhos de serventia na construção civil, aí é que quero ver... Raio de nazi!

Mas um candidato de quem não se houve falar há muito é aquele idoso bonacheirão do Partido dos Reformados, que chegou a eleger um deputado há uns anos. Será que já está na Assembleia do Além?

sexta-feira, julho 13, 2007

Prevaricadores ambientais

Sim, Manelita, esta msg vai ser outra vez sobre higiene...

Há uns dois ou três dias, na Auto-Estrada, um tipo à minha frente lançou o maço de tabaco vazio pela janela fora.

Quando passei por ele, chamei-lhe porco. E mai nada. E o burgesso ainda ficou a reclamar.

Hoje, aqui perto de casa, vejo que a mulher no carro da frente deita o invólucro plástico de um maço de tabaco janela fora. Fiz o mesmo. Ou quase, não a chamei de porca, embora ainda tenha pensado chamar-lhe de animal utilizado na suinicultura!!!, para ser mais politicamente correcto. Mas não, buzinei quando estava atrás dela, e coloquei-me ao lado dela. Baixei o vidro, e perguntei a boa voz:

"- A senhora também faz isso em casa???"

A mulher olhou com cara assustada "o que é que aconteceu?".

"Então?!? A deitar esse plástico para a rua???"

Neste instante, a mulher apercebe-se do que eu tinha dito, encolhe-se um pouco e começa a notar-se o rubor da face.... e apenas consegue dizer "pois, tem razão... ... ... tem razão...".

Pois, devia tê-la obrigado a ir lá buscar os pedacitos de plástico.

Para quem não sabe, um saco de plástico vulgar (do Continente, ou Pingo Doce, ou Jumbo, ou Carrefour, ou Aki, ou Dia, ou MiniPreço, etc...) dura 500 anos sem se degradar.

E nisto, pensam vocês "Ah, mas há 500 anos não havia sacos plásticos! Como é que sabem esse prazo???"

Pois é, meus petizes, mas a realidade é que há 500 anos já havia sacos plásticos! Senão como é que as pessoas iam deixar o lixo lá fora??? Atiravam pela janela, não? Ora essa...

sexta-feira, julho 06, 2007

As asas do Manolito

Ontem fiz a viagem de regresso de Frankfurt.

Viagem normal, atraso habitual, desculpas do comandante, blá, blá, blá.

Embora tivesse vindo com dois colegas, devido ao nosso próprio atraso ao chegar ao aeroporto, tivémos que ficar separados. Vai daí, escolhi um lugar perto da frente.

Quando lá chego, reparo (pelos livros que ambos tinham no colo) que de cada lado, iria ter um espanhol. ¡Andale!

O do lado direito, não abriu o bico a viagem toda. Nem parecia espanhol. Deve ter fumado uma ganza antes, sei lá.

Já o da esquerda, esse sim, foi o verdadeiro espanhol. Estilo Manolito, da BD da Mafalda. Mas era mesmo parecido.

No arranque do avião para a descolagem, benzeu-se 3 vezes, com uma velocidade como nunca vi. Tanta destreza manual deve ser certamente, aplicada em alguma coisa de bem para a humanidade em geral.

Pouco depois, e após ter lido algumas páginas do seu livrito, caiu num sono não muito profundo.

E heis que chega a hospedeira com a comidinha fantástica (e por acaso não estava má). Quando me entrega a bandeja, o Manolito acorda em sobressalto, incluindo o som característico de quem acorda de repente, algo do género “uuuããããã?!?”. E imediatamente coloca o braço direito em riste, com o dedo indicador espetado no ar.

A hospedeira repara o facto (até porque era difícil não reparar), e entrega-lhe uma bandeja.

O homem recebe-a, coloca-a no suporte, e volta a empunhar o braço, como se o dedo indicador fosse a tocha olímpica.

A hospedeira diz-lhe “as bebidas vêm já, ok?”.

Ao que ele responde “no, no”. E mantém-se na posição, como quem pede um donuts.

E heis que a mulher percebe que o que ele queria era acender a luz, que estava por cima de mim. Tal como o Manolito da Mafalda, o homem era baixinho, e não chegava ao interruptor que estava em cima de mim...

A comida estava, como habitualmente, quentíssima. Queimava os dedos ao tentar abrir o pacotinho. Mas lá consegui abrir o dito-cujo, ao que o Manolito questiona...

“¿Como lo has conseguido abrir?”
Resposta inteligentíssima: “Con mucho cuidado…”

terça-feira, julho 03, 2007

Bagagem conventual

Estou a passar uns dias em Frankfurt, na Alemanha. No aeroporto, enquanto esperava por alguns colegas, observava o pessoal a fazer o Check-in para outros vôos.

E passa uma freira, para Ponta Delgada, com uma mala suficientemente grande para ter que ser embarcada (e não ir junto da senhora, no avião).

Isso fez-me pensar... que raio leva uma freira numa mala, além das coisinhas básicas, tipo necessaire? Confesso que eu gosto de levar mais roupa do que a que necessito, para ter alguma escolha. Será que a freira leva um hábito diferente para cada dia? Um com um tom de cinzento ligeiramente mais escuro, para aqueles momentos em que uma mulher tem que se afirmar perante os homens? Ou uma mais deslavada pelas inúmeras lavagens à mão, para aquela noite de rebeldia na discoteca do convento?

Ok, há de levar algumas cuequitas, como toda a gente, mas numa mala daquelas, ou seria incontinente, ou levava cuecas para vender na feira.

Bom, se ela tivesse vindo para a Alemanha, eu sabia de certeza qual o conteúdo da mala... Papel higiénico!!! Aqui no hotel em que estou, o papel higiénico é aspero até dizer chega! De cada vez que vou dar uma limpadela, penso duas vezes...


(sim, claro que ao 2º pensamento, a higiene vem ao de cima, e venha de lá esse maldito papel...)

sábado, junho 30, 2007

Lei da rolha

Ontem veio a público mais um episódio da aparente intolerância do governo socialista com a contestação a figuras ou políticas do PS.

A directora do Centro de Saúde de Vieira do Minho foi exonerada por ter permitido que, durante 1 fim de semana, um médico tivesse colocado uma cópia de uma página de jornal em que diziam mal e porcamente do ministro da Saúde. Só que a tal senhora até fez o que lhe era suposto, ou seja, como directora da coisa, exigiu que fosse retirada, assim que soube. A lei da rolha até funcionou, mas até aí era, de certa forma, compreensível.

Agora, o que irrita é que a senhora soube, não por ver lá a folha, mas por ter sabido que havia uma reclamação no livro de reclamações do centro. Só que essa reclamação foi feita pelo presidente da JS local... bufo...

Não faço ideia de quem seja o rapazola, mas só por isto está-se mesmo a ver que deve ser daqueles necas que acham que chegam longe a fazer queixinhas dos outros. O pior é que muitas vezes, chegam mesmo...

Mas isto, juntando ao caso do professor que mandou a boca sobre o Sócrates e se lixou, e a outros casos que vão surgindo a pouco e pouco, dá a entender que este governo não tem muito sentido de humor...

Por isso, e como forma de contestação, eu proponho uma coisa: daqui até ao final da legislatura, em qualquer aparição pública de um membro do governo, toda a gente fique calada! Todos calados a olhar para o dito-cujo, seja um ministro ou um secretário. Silêncio absoluto! Pelos vistos, é assim que querem!

Ah! Ainda ficava melhor se todos tivessem uma rolha na boca!!!! Mas ranger os dentes na cortiça faz uma certa impressão...

domingo, junho 24, 2007

Óh faxavori...

Ontem foi noite de S. João...

Mas não vou escrever sobre isso, pelo menos não agora.

Quando ia a saír de casa para a festa na Ribeira, lá pelas 2 da matina, pára um carro à minha beira e um rapazola com ar de ser dos arredores (quiçá Valongo?), pergunta-me:
"Óh amigo, sabes onde é o Estado Novo?"

A dita discoteca era precisamente do outro lado da rua, mas estava fechada. Foram à sua vida.

Logo a seguir, mas é que mesmo logo a seguir a ter virado a esquina seguinte, pára um carro com duas senhoras já de alguma idade.

"Óh senhori, desculpe mas com'é q'a gente vai prás praias???"

Aí confesso que me irritei um pouquinho e respondi:

- Oh minha senhora, eu por acaso tenho um letreiro a dizer "informação turística" pendurado nas costas???
- Num sei, num beijo as suas costas!

- Então e por acaso tenho um "i" na testa, em Times New Roman?
- Estais no qué???

- Oh minha senhora!!! Eu por acaso estou aberto todos os dias das 9 às 19????
- Ah isso num sei, isso é lá cunsigo...

Nesta altura, já altamente irritado, não aguento mais a fúria do herói, contida nas entranhas do meu ser, e inicio uma espiral de violência que culmina num espectáculo daquilo a que o povo chama "porradinha da velha". Desfiz a viatura das infelizes, antes de as mandar de volta para onde vieram, seja lá onde isso for...

....


Bom, não foi bem assim, mas podia ter sido. Na verdade, apenas disse "vá em frente, e no cruzamento vire à direita, vai ter à praia"...

Será que aquele discurso só resulta no anúncio do BES???

quarta-feira, junho 20, 2007

Gordura já não é formosura?

Hoje vi na TV, a seguir ao Telejornal, um programa sobre saúde, produzido, realizado, argumentado, filmado, sonorizado, editado e com catering dessa grande jornalista desterrada da SIC, Cláudia Borges.

Sempre achei que tinha um narizito empinado, mas fazia reportagens interessantes, e geralmente sempre sobre assuntos de saúde.

Mas agora... balha-me Deus... vem apregoar contra a venda de croissants e bolas de berlim com creme nas escolas... e coca-cola... O que é a juventude sem um creme besuntado por tudo quanto é lado, mesmo lados pouco habituados a ver vestígios alimentícios? O que é a juventude sem um éclair desproporcionado de vez em quando? O que é a juventude sem um balofo na turma a quem chamar Bibendum, mesmo que os outros miúdos pensem que estamos gagos e nos passem a gozar a nós? O que é a juventude sem colocar um pionaise (ou pionés, em portuga...) na cadeira do balofo, apenas para perceber que, devido à gordura acumulada no nalguedo, o rapaz nem sente? O que é a juventude sem uma colinha aqui e ali?

Querem fazer de nós top-models ou quê? Bom, por este andar, será isso mesmo, vamos passar a ter miúdos elegantes, sadios, que morrem cedo, infectados pelo piolho carnívoro da banana africana, sem saber a que sabe um bom Donut fresquinho (ou em portuga, "dónúte").

Mas, esperem, nem tudo está perdido! Heis que a nutricionista, que devem ter ido buscar à liquidação do Fábio Lucci, a julgar pelo aspecto démodé da senhora, informa que há bolachas com elevada quantidade de gordura! Pasme-se: segundo a tal nutricionista, que como tinha um nome estrangeiro, deve ser a sério, e passo a citar: "há bolachas que contêm 21 gramas de gordura!". Oras, não sou especialista alimentar, mas se o peso médio de uma bolacha não passa dos 10 gramas, essa tal gordurosa deve ser tipo fondue de bolacha em gordura, não?

Deixai-me comer à vontade, senhora...

terça-feira, junho 19, 2007

A luz ao fundo do túnel era o combóio

Na semana passada comecei a vir para o emprego de combóio.

Tenho que me levantar um pouco mais cedo, por volta das 6h15 da manhã, para sair de casa às 7h15 e apanhar o dito-cujo na estação de Ermesinde às 07:42.

Ao fim de uma semana, já se vão reconhecendo as caras...

- O monga que entra sempre naquela estação, olha à volta como se procurasse por alguém que nunca encontra, e senta-se no primeiro lugar vago...

- Os colegas de trabalho, que vão a viagem de trabalho em perfeito silêncio e lado a lado, e quando chegam ao apeadeiro, desatam a conversar como se tivessem acabado de se encontrar...

- Os colegas de trabalho/escola que vão na conversa a viagem toda, para se calarem quando saem no apeadeiro, como quem entra em depressão profunda por chegar ao desterro...

- O homem de abdomen proeminente (da bejeca...), que já está a dormir quando entro, e ainda está a dormir quando saio. Será que só acorda no final da viagem? Será que vai e vem? Será que está morto??? Será que é uma escultura realista?????

- O bando de putos do secundário, que vão para uma qualquer escola profissional perto de Braga, com os tiques típicos de putos:
- O inteligente, que lê sempre o jornal, para dar ar de intelectual, mas que na realidade só vê as imagens e pensa que a Ota é diminutivo de "Cota", porque é uma cena kk bué marada dos cotas lá de Lx;
- O pequenote com ar sofrido, de quem aguenta as brincadeiras dos maiores.
- A miúda popular, que ora se diverte a ler a Bravo (pensei que já não existia), ora se diverte a mostrar aos rapazolas como já consegue manobrar o varão no meio do comboio... (e para quem leu um post meu há uns tempos, sim, mastiga sempre a chiclet com a boca bem aberta...);
- O chefe do “gang”, ar de cigano, jingão, que nunca anda com os livros, que suspeito serem carregados pelo pequenote.

Bom, não sei como é que este pessoal todo olha para mim, o tipo novo que passou a juntar-se ao gang. Bom, desde que não seja como “o tipo que passou a vir outro dia e micou a nossa colega a experimentar o varão”...

É que hoje em dia, pode ser perigoso esse tipo de associação!!!

terça-feira, junho 12, 2007

Rejeições Sanguinárias

Ontem foi dia de dádiva de sangue na empresa onde trabalho.

É a primeira vez que isto se realiza nesta empresa. No meu emprego anterior, realizou-se a mesma iniciativa algumas vezes. E dou sangue, gosto de ajudar onde possível. E sempre são uns minutos sem pensar no trabalho, e ainda nos dão um pãozinho e um suminho!

Mas ontem, depois de responder ao questionário da praxe, em que perguntam se já tivémos muitas relações sexuais não protegidas, ou se temos uma de N doenças sexualmente transmissíveis, não me deixaram dar...

Ou por outra, não pude dar sangue. Mas atenção, não por qualquer comportamento de risco! Bem, houve ali uma ou outra noite em que, com a bebedeira, não posso garantir...

Tinha o valor da hemoglubina baixo. O limite mínimo para os homens é de 13.5, e eu tinha 13.4! Que frustração!!! E já foi a 2ª vez consecutiva!!! Terá a ver com a alimentação.

O homem que nos verificava o histórico na base de dados do Instituto Nacional do Sangue, e nos tirava a tensão, é claramente de um país de Leste. Foi com ele que falei inicialmente, e a quem tive que ir entregar os papéis quando fui recusado.

É giro ouvir um tipo de um país do Leste a dizer “tiem qui cómer maix lyegúmiesss, como essspyniafris e grielhos, y tambiém carne vermyelhia.” Ao que respondo “Grielhos?”.... “Sim, grielhos”... “Ahh! Grêlos!” Podia ter feito logo ali um bom trocadilho, mas algo me diz que ele não iria entender...

Quem me fez o teste foi uma enfemeira bem gira, por sinal. Aconselhou-me o mesmo, comer carne vermelha (coisa que faço quase todos os dias...) e verduras. E eu que depois passe pela delegação do Porto, que ela talvez lá esteja para me dar novamente a pica...

segunda-feira, junho 11, 2007

Compota de Pérola - Passeios de madrugada

Este é um mapa da zona ribeirinha de Lisboa.

Na 6ª, dia 8, assisti ao 1º dia do festival Oeiras Alive 07, nomeadamente aos concertos dos Linkin Park e Pearl Jam.

O Festival acontece no chamado Passeio Marítimo (que devia ser Fluvial, mas isso são manias lisboetas) de Algés, no canto esquerdo da imagem.

Pois aquilo foi muito giro, valeu a pena e tal.

Mas o final... no final haviam cerca de 10 mil pessoas para entrar no combóio. Claro que olhando para aquilo, preferi ir indo a pé, até apanhar um táxi.

E andei, e andei, e andei... No início estava cansado, mas como até nem me importo de andar (não é que seja grande adepto, mas depois de começar, até vou indo), fui indo, sempre à espera de encontrar um táxi.

E passo pelo CCB, pelos Jerónimos, pela torre de Belém...

"Pelo menos devem haver táxis ao pé das discotecas", pensei eu, na minha boa fé...

E passo pelo BBC, pelas docas, por alguns outros bares, e nada...

E passo debaixo da ponte 25 de Abril (que agora devia ser novamente renomeada com o nome original de Ponte Oliveira Salazar, depois do concurso da RTP...), e nada...

Só consegui arranjar táxis nas docas de Alcântara, ao pé do Buddha!!! Claro que tive que comer por lá um cachorrito de roulotte (bem, aquilo nem era uma roulotte, era mais um carrinho de mão com chapa fritadeira...). Veja-se a escala do mapa, andei mais de 4 km!!!!

E ainda me perguntam porque raios não gosto de Lisboa...

quarta-feira, junho 06, 2007

Vruuuummm


Está aí a chegar mais um Grande Prémio da Cidade do Porto, no antigo Circuito da Boavista.

Confesso que no 1º ano em que isto se realizou (2005), não pensei que tivesse o sucesso que acabou por ter, e que originou que este ano se repita, e num formato ainda mais ambicioso, com corridas para o Mundial de Turismos.

Para quem não conhece, o Mundial de Turismos é um campeonato em que correm carros de modelos que encontramos na estrada, mas alterados para competição. É um campeonato habitualmente emocionante, quando mais não seja pela questão do vencedor da 1ª corrida ter que partir atrás para a 2ª, o que evita a monotonia.

Ou seja, tem mais piada que a Fórmula 1, que é óptima para noites de insónia, e também mais do que os Indycars americanos, cujas corridas ovais acabam por ser sempre a mesma coisa.

Ainda assim, acho que a coisa poderia ser melhorada...

Se estamos a falar de carros próximos dos que se vêm na estrada, também deviam ter condições próximas das que encontramos na estrada. Ou seja, aqui ficam algumas sugestões para tornar a coisa ainda mais emocionante, ao cuidado do Sr. Rui Rio:

  • A pista deve ter buracos. Carros normais devem correr em estradas normais, ou seja, esburacadas. Ok, não com buracos em que cabe uma retro-escavadora, mas pelo menos com algo que dê cabo de um semi-eixo ou entorte uma jante;

  • Devem existir zonas de velocidade limitada, com um radarzito escondido pela GNR. 1 Kilómetro à frente deverá estar uma patrulha da Guarda Nacional Republicana, que pára a viatura e efectua um procedimento normal... voltinha ao carro... apresentação sumária “boa tarde, sr condutor... faxófavor de apresentar os documentos próprios e da viatura”, com bafo de SuperBock, etc e tal...

  • Quando há um toque, os pilotos devem ter no carro uma Declaração Amigável, e são obrigados a preenchê-la, sob pena de vir a viatura da GNR...

  • Ao passar na bomba de gasolina da Boavista, deve haver uma tolerância para os pilotos que passem pela bomba, em vez da pista, para ultrapassar algum concorrente mais lento.

  • Devem existir alvos laterais em locais predefinidos ao longo do percurso, tendo os pilotos que acertar nos mesmos com um cigarro semi-acabado, para assim ganharem uma bonificação nos tempos ou pontos.

  • Deve existir um conjunto de carros preparados pela organização para entrar em determinada zona do percurso, de forma a causar um engarrafamento. Isto sim permitirá avaliar a perícia dos concorrentes.Antes do início de cada corrida, deve haver uma prova de vinhos, ou um almocinho bem regado.


  • Deve existir um medidor de decibéis na linha de chegada, para que se meça a explosão sonora de cada concorrente quando passa nesta zona do circuito, com as janelas abertas e a música a bombar. Isto dará também direito a um ponto de bonificação para o piloto com som mais alto. Claro que na altura de entregar o prémio, só mesmo com um megafone, senão o piloto não ouve...

segunda-feira, junho 04, 2007

Newsflash

Mais um fim de semana que passa, mais 48 horas de intensa e fervilhante actualidade.

Se não vejamos:

- Um atentado terrorista no Metro de Lisboa. Dizem que alguém lançou uma granada de gás pimenta. Na realidade, sabemos de fonte segura que o Pinto da Costa fez o trajecto Campo Grande – Sete Rios de metro, para poupar algum (ainda não veio o dinheiro da venda estemporânea do Anderson...), isto depois de almoçar um bife-pimenta ali na Portugália. Ficou por esclarecer se o gás irritante era de pimenta verde ou vermelha, em grão ou moída, ou mesmo se não seria piri-piri...

- O Serial-Killer de Santa Comba Dão confessa-se inocente. Há aqui várias incongruências... o homem é cabo da GNR, e todos sabemos que a GNR é incapaz de magoar uma mosca. Aquele episódio da cabeça cortada aqui há uns anos foi apenas um incidente com um baralho de cartas novinho, utilizado num jogo de Pesca que resvalou para uma acesa discussão, quando alguém pediu o Valete. Agora diz o rapaz que não matou ninguém, e que arrancou a confissão de um outro moço lá da terra. E foi assim também que soube onde estavam enterrados os corpos, o que depois indicou à polícia. Agora é que reparou que afinal não foi ele próprio...

- Na greve da semana passada, o governo falava em 15% de aderentes, enquanto os sindicatos clamavam 70%. Hmm... noto aqui uma pequena disparidade de valores. O que o governo não mencionou é que da equipa de pessoal que é responsável por esta contabilidade, 60% também fez greve, ou não fossem função pública, daí os dados oficiais serem baixos...

- O MillenniumBCP alterou a forma de controlo dos dados. Agora, além de ter mais problemas ao conseguir entrar no site para gestão da conta, sempre que tentar fazer uma compra ou pagamento, mandam-me um código por SMS para o telemóvel, que terei que introduzir. E claro que a velocidade disto depende do operador de telemóvel. Não era suposto a tecnologia facilitar e agilizar as coisas? Ainda hoje dei por mim a preferir ir a uma caixa multibanco próxima, em relação a fazê-lo pela net. É mais rápido e mais simples! Mais dia, menos dia, e isto fica como o outro, que para comprar o papel higiénico tinha que levar a mulher e os filhos, o cão, a sanita, o empreiteiro, o técnico de saneamento da câmara e ainda baixar as calcinhas em frente ao vendedor para apresentar o utilizador do papel em primeira-mão...

A vida está cada vez mais emocionante...