terça-feira, janeiro 12, 2010

O regresso!

Em finais de Outubro/inícios de Novembro, lembrei-me de, este ano, fazer algo de realmente diferente na passagem de ano. Nem sei muito bem porquê, foi uma daquelas loucuras que nos passam pela cabeça. Talvez fosse para, por um instante, esquecer o que não pode ser esquecido, preparar o imprevisível, sei lá, procurar divertir-me um pouco. Em resumo, deu-me na telha de aproveitar uma sugestão da minha tia, e aproveitar um conhecimento dela para passar uns dias em Nova Yorque.

Antes de mais, não gosto nada de “Nova Yorque”, não “soa” nada bem à vista quando escrito. Venha daí esse New York, lixem-se os anti-anglicismos.

Agora, de New York, disso já gosto. Seguramente deixei algum(s) comentário(s) quando lá fui há 2 anos, mas não tenho grande pachorra para ir ver o que escrevi na altura. Mas é sempre uma experiência fantástica. Isto é, para quem gosta de ambientes cosmopolitas. Aquela terra, nomeadamente Manhattan, é a verdadeira definição de “cosmopolita”. Aliás, podemos atribuir-lhe essa e outras definições, como o autêntico “melting pot”, o “Centro do Mundo”, a Big Apple. Seja o que for que lhe quiserem chamar, seguramente será adequado.

Costuma-se dizer, no regresso, em tom de brincadeira, que regressamos à parvónia. Não é bem assim, este país tem muita coisa igual aos outros, bem mais evoluídos.

Regressei para ver que continua a crise dos que perderam as economias de uma vida no BPP e BPN, enquanto os responsáveis dificilmente serão punidos.

Regressei para ver que a GNR e Protecção Civil continua a congratular-se, no rescaldo das operações de Natal e Ano Novo, com a redução ora do n.º de acidentes, ora do n.º de mortos, ora do n.º de feridos graves, ora do n.º de feridos ligeiros (há sempre um deles que é menor que no ano anterior, ainda que os outros indicadores subam). E claro, a responsabilidade é sempre do excesso de velocidade. Nunca é da incúria dos instrutores das escolas de condução, nunca é dos examinadores oficiais, nunca é da falta de educação cívica, falta de educação na estrada.

Regressei para ver como a pior ministra do governo anterior arranjou um tacho fantástico num organismo público, nomeada pelo primeiro ministro.

E já nem falo do Benfica...

Mas regresso de um país onde os donos dos bancos e seguradoras pedem ajuda ao governo para ir passar férias de luxo. Onde um deputado vincadamente anti-lobby gay se revela como... homossexual, onde há deputados que lançam petições para cobrir as estátuas de peitos descobertos no edifício do senado, e outros que levam prostitutas de luxo em viagens pelo mundo fora, onde o concurso mais visto é um reality-show em que o vencedor é o concorrente que mais peso perde...

Bom, mas New York não é “América”. E sobre New York... deixo para outro post! :)

3 comentários:

Beyba disse...

Sabes que apesar de aficcionada por viagens, não tenho muito tempo(!), portanto, gosto sempre de saber como é aquele país, saber mais sobre aquela cidade...
Para mim New York ou Nova Iorque, é um click automático para:
- Sinatra ("New York, New York"
- José Cid ("cai neve em Nova Iorque, faz sol no meu país, ...")
- Estátua da Liberdade
- Empire State Building
- e claro, 11 de Setembro: World Trade Center.

Estou ansiosa para que nos contes o que viste, o que gostaste mais, ...

E sim, gostava de ir aos Estates!

Anónimo disse...

ah, grande Benfica...!!!
:)

abraço,
Monteiro

Anónimo disse...

Pode parecer piroso dizer isto mas a grande Apple nunca me atraíu, aquela miscelânea de contrastes quase caóticos deixa-me com um sentimento irreal de que a qualquer momento vai acontecer algo.
Bem, mas isto é porque eu sou parva, tenho desculpa :)
Beijinhos á nossa gatinha
brancadeneve