sexta-feira, agosto 11, 2006

Algarve I

Este ano passei pouco mais de uma semana no Algarve.
Já vou para lá há vários anos, quase 30. E não há dúvida que mudou muito, e na generalidade, para pior.

Este ano lá foi mais uma semanita de calor, de papo pró ar a torrar ao sol, para tentar ganhar aquela cor que faça os pescoços das moçoilas desta nação (e de outras, quiçá…) virar mais frequentemente para o meu lado.

Os vendedores de bolinhas, também já não são a mesma coisa. No antigamente, era um ou dois, agora são um exército deles, um até tinha uma buzina. Ou seja, se dantes dava para passar pelas brasas, agora, quando estamos naquela fase de fechar o olho lentamente, enquanto se cai naquele soninho gostoso, de repenBOLINHAAAS! HÁ BOOOOOOOL-E-BERLIIIIIMMMMMMM!!!!!!!!!! FUÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉ (som do claxon…).

Bem, pelo menos aquela ideia que havia dantes, de que os empregados de espaços de restauração e comércio apenas ligavam aos estrangeiros, essa está a desvanecer. Claro que um estrangeiro, mesmo que seja o verdadeiro turista de pé descalço, ainda tem prioridade em relação ao tuga, mas parece-me que os ditos empregados (ou pelo menos os patrões) já se aperceberam que o português habitual é roubado tão facilmente ou melhor ainda do que um estrangeiro.

Por falar em roubo, diga-se que enchi o tanque de gasóleo em Ayamonte (Espanha), tendo-me ficado a 0,964 € por litro. Aqui em Portugal, o gasóleo anda pelos 1,098 €. São quase 14 cêntimos de diferença. 28 escudos. É muita coisa. Em 50 litros, são 7 € de diferença!!! Já dá para um jantar no McDonalds, com direito a brinde para as crianças e tudo!!! E a diferença na gasolina 95 octanas era ainda maior, se não me engano estava a 1,11€. Só há uma explicação, que é a das gasolineiras terem lucros fantásticos, e o Estado ter aqui uma fonte de receitas brutal. Por isso é que ninguém baixa os preços, e os postos de gasolina de terras fronteiriças que se arranjem…

Mas isso não interessa. O que importa é que está calor no Algarve…

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