sexta-feira, junho 27, 2008

Viagens de trabalho

Mais um dia aqui na Normandia.

A fábrica que vim visitar fica pertinho da costa, mesmo na zona onde ocorreram os desembarques das tropas aliadas na 2ª Guerra Mundial. As principais praias têm museus dedicados a esse triste facto. Imagino que quem vai a estas praias tomar uns banhinhos de sol, sai de lá também com um banho de história, e quem sabe ainda encontra uma bala no meio da areia, ou um polegar de algum americano maneta, esquecido na areia revolvida pelos anos.

Bom, imagino, porque não tive hipótese de lá ir. Estive sempre na fábrica, a sair tarde, apenas deu para ir jantar e tomar um copito à cidade de Caen, o que já não foi mau.

Muita gente, quando ouve alguém dizer “vou uns dias para este ou aquele país”, pensa logo em sorte, conhecer sítios novos, passear.

Não é bem assim, quando se vem para fora a trabalho, raramente se tem tempo para visitar o que quer que seja. Se for para trabalhos simples, como é o caso, não há grande stress, mas quando cheguei na 3ª-Feira, às 0h00 ao hotel, ainda fiquei até às 3 da madrugada a fazer relatórios que pensei que me fossem exigidos no dia seguinte. Levantei-me às 6 e pouco, ou seja, não foi propriamente um descanso.

Quando vou para fora para reuniões com clientes, é sempre isso que acontece: ficar a acabar relatórios até às tantas e levantar cedinho para ir para a reunião apanhar na cabeça.

No final, dependendo da hora a que se acabe, aí sim, talvez dê para passear um pouco, mas não se pode considerar isso como turismo, apenas um reconhecimento da zona mais próxima... até porque o vôo de regresso está geralmente marcado para o próprio dia, à noite, e é preciso sair duas horas antes, para estar no aeroporto uma hora antes do vôo, não esquecendo de encher o tanque do carro de aluguer e deixar o carro no parque próprio.

Ou seja, isto não é um mar de rosas... O que tento fazer, ocasionalmente, é ficar um ou dois dias a mais, para fazer turismo verdadeiro. E analisar a fauna local, claro...

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