quarta-feira, junho 25, 2008

Em Caen

Talvez pela crise dos 33 recém-feitos, já não escrevia há quase 1 mês.

Também fiquei abalado pela despedida sem glória de uma amiguita virtual, que se foi do éter da net sem dar cavaco (nem sequer dando marques mendes).

Mas hoje apetece-me deixar um registo para a posteridade.

Vim para a região da Normandia francesa, visitar uma fábrica de camiões. Tinha combinado com um mexicano estar na recepção do hotel às 7:45, para irmos juntos para a empresa. Ontem cheguei a Paris às 20h, saí de lá às 21 para chegar cá às 0h00, e ter ficado a trabalhar em relatórios quase até às 3 da manhã. Ou seja, dormi pouco e mal.

Para evitar atrasos, não tomei qualquer pequeno-almoço. Mas em compensação, fui flashado à saída da auto-estrada (pudera, 50 m depois da saída, a 130, aparece um sinal para reduzir para 90, e logo a seguir o radar... era inevitável, é a caça à multa em toda a força também no país dos Avec's...).

À hora marcada, lá estou eu. E uns minutos depois disso, lá continuo. E mais um bocado. E nada... Tento ligar o telemóvel, mas não consigo fazer ligação.

"Não há de ser nada", penso, e faço-me à estrada. Ligo o Tom-Tom e vejo que não tem a indicação da empresa.

Ando uns minutos largos pelos arredores da terra, até que finalmente descubro a fábrica.

Chegando lá, esforço-me por recordar o francês que aprendi no ensino secundário, já lá vão mais de 15 anos. É quase inútil. Não percebo um corno do que me dizem, principalmente quando as pessoas se entusiasmam e falam depressa. Mas lá consegui que me levassem ao escritório da qualidade. Se não tivesse passado a Francês, mesmo com uma nota miserável, a esta hora ainda estava a tentar sair do aeroporto... Mas é língua que detesto. Eu gosto de dar uma entoação mais próxima possível com o sotaque original, e a entoação francesa é demasiado snob. Temos que fazer beicinho, faz-me sempre lembrar o sketch dos Gato Fedorento, do javardola que falava francês de forma gay.

Mas para ajudar, além do mexicano também me encontrei com um português emigrado em França. Esse sim, tem sotaque de beicinho.

Bom, amanhã é outro dia...

2 comentários:

Minha louca vida disse...

Olá, Andrew.
Já estava mesmo com saudades de suas maravilhosas histórias. Nesta semana tinha visitado seu blog quase todos os dias para ver se havia carne nova, e nada...
Deixa pra lá a questao do aniversário....eu tb fiz 27 anos na segunda e estava um pouco chocada. E 33 é um número cabalístico, idade que Cristo morreu (ao menos dizem isso). Sem dúvida serao melhores que os 32 e os meus 26. Assim esperamos. Beijocas e parabéns atrasado.

Andrew disse...

Oi Ro!!!

Sim, é verdade, Cristo pifou aos 33, e não foi o único. Mas a única Cruz que vou ver é a saída da Auto-Estrada antes de Braga...

Quanto ao sentido cabalístico... bom, nunca fui muito virado pras tradições pagãs, mas desde que vi um porco andando de bicicleta, acredito em tudo... ;)

Beijocas!