quarta-feira, julho 27, 2011

Chiquita

Ter um animal de estimação, principalmente com o nível de interacção que permite um cão ou um gato, é das melhores coisas do mundo.

Se forem bem tratados, retribuem-nos com um carinho imenso, fazem-nos companhia nos momentos bons e maus, dão-nos ternura sem ser necessário pedir.

A minha Chiquita é um bom exemplo disto. Como qualquer gato, é independente e gosta de fazer as coisas ao seu ritmo. Não gosta de demasiadas festinhas, excepto quando ela própria as pede. Detesta ser pegada ao colo, mas se for por vontade própria, salta-me para o colo a pedir festas, e às vezes fica ali mesmo até adormecer. Não raras vezes acabei por me atrasar para alguma coisa, para não a acordar. É muito mimalha, mas retribui com muito, muito mimo de volta.

Até agora, foram quase 5 anos de uma companhia fabulosa.

E espero que ainda tenha mais algum tempo...

Ontem, após mais uma consulta no veterinário, fui informado que, dos dois rins, ela só tem 1 a funcionar, e a meio gás, por estar atrofiado. Não terá muito mais tempo de vida, disseram-me.

Isto caiu-me como uma bomba. Já sabia que uma gata com Sida Felina poderia não ter um tempo de vida tão longo como um gato normal, mas nunca estamos preparados para a altura em que nos comunicam que o fim estará próximo. Podem ser uns 2 meses, pode ir até 1 ano. Obviamente vou tentar administrar todos os cuidados para que possa aguentar o máximo, mas sempre mantendo a qualidade de vida que tem actualmente, porque não está propriamente mal. Só bebe muito mais que o normal, porque não consegue manter o corpo hidratado.

Enquanto for “só isso”, aguenta-se.

Mas dói. Dói imenso!

Dói estar com ela a pensar que falta pouco. De repente, os actos habituais de escová-la (que ela adora) e de lhe fazer festinhas tornam-se simultaneamente de uma beleza magnífica, mas também de uma tristeza brutal.

A Chiquita está viva, e bem viva. E mesmo que fisicamente deixe de o estar daqui a algum tempo, vai manter-se viva comigo. Para sempre.



PS: Habitualmente, escrever sobre a coisa que me entristece funciona como catarse, alívio da dor. Não foi o caso.

5 comentários:

Anónimo disse...

querido amigo online, tudo isso k diz sobre os animais eh pura verdade, eu tinha um cao fabuloso k tive de mandar abater por ter uma doença terminal, ja passaram dois anos e a saudade continua. Beijinhos brancadeneve

A felicidade passou por aqui...Anápolis - GO disse...

Tenho um linda na minha companhia também. è a alegria da casa.
Andrew, não sei como te seguir no blog.

Andrew disse...

A Chiquita acabou por falecer no dia 08 de Novembro. Infelizmente, aconteceu numa altura em que eu estava fora, tendo-a deixado ao cuidado do veterinário, mas isso não foi suficiente para combater a fraqueza que a assolava. Martirizo-me por não ter estado ao lado dela no último momento, por não me ter podido despedir dela.
Sobram os 5 anos fantásticos, que nunca mais esquecerei...

Becas Veloso disse...

É com tristeza que leio esta tua notícia, consigo imaginar a dor de perda que sentes. Parece que foi ontem que levaste a Chiquita e já passaram 5 anos, 5 bons anos que ela teve, 5 bons anos de companhia que ela te proporcionou. Pensa que ela agora passou a ponte do arco iris e encontrou outros amiguinhos como ela, será sempre uma estrelinha a brilhar no céu. Bjinho grande

Andrew disse...

Sim, parece que foi ontem que te enganaste, e em vez de me dares os papéis de FAT, deste-me os de adopção. E foi o melhor que podia ter acontecido.
Ainda não consegui arrumar os brinquedos dela. Ainda mantenho as portas todas abertas, para ela poder passar. Ainda me dói ver as embalagens de comida, à espera que ela as coma. Fica para o próximo? Talvez, eu vou estando atento à página da ABRA... ;)