terça-feira, dezembro 13, 2005

A Fúria Natalícia

Anteontem estava num hipermercado, a comprar algumas coisas lá pra casa, na sua maioria artigos de limpeza, e lembrei-me de ir ver se arranjava uma arvorezita de natal, em ponto pequeno.

Infelizmente, embora estivesse lá indicado o preço de 3,99€ para uma árvore de 1,20m (o que me chegava perfeitamente), não havia nenhum exemplar para levar, o expositor estava repleto de árvores bem maiores, e bem mais caras.

À minha frente estava uma família. Pai, mãe e dois filhos menores, um com uns 8 anos, outro com uns 3 ou 4.

Puto + novo: - Pai, pai, quero ir à casa de banho....
Pai: - Não queres nada, tá mas'é calado!
P+n: - Pai, pai, quero mesmo ir à casa de banho! Quero ir fazer xixi!
Pai: - Tá caladinho que 'tamos aqui a ver uma coisa.
Mãe: - Vai lá levar o puto à casa de banho, carago.
Pai: - Porras, anda lá mijar então, carago.

E é vê-los, a ir alegremente pelo hiper fora, pai esbaforido agarrando na mão o seu petiz, que escorrega de costas pelo chão do hipermercado com ar assustado. Provavelmente, chegou ao WC e disse que já não era preciso, porque já tinha feito pelo caminho...

É isto, meu povo. Esta fúria consumista que invade toda a gente por esta altura. Ainda pergunto, volta e meia, se realmente é preciso uma "desculpa" como o Natal para se dar uma prenda a alguém de quem se gosta. Mas depois lembro-me que, provavelmente, a maior parte das prendas que as pessoas dão até são a pessoas que "nem devia dar-lhe nada, mas senão o fizer arranjo chatices com a família ou com o fulano de tal...". Benditos cheques-disco...

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