quarta-feira, setembro 16, 2009

Finalmente, um sonho!

Sempre tive alguma abertura de espírito para aquilo que não compreendemos, e que escapa às explicações racionais e científicas. Chamemos-lhe o sobrenatural.

Talvez essa abertura venha do gosto por filmes do género fantástico e de terror, acaba sempre por deixar aquela pulguita atrás da orelha, aquela que se chama “e se...?”. Ainda hoje, a série Sobrenatural é uma das minhas favoritas. E viva o Fantasporto.

Isto não quer dizer que procure explicações etéreas e místicas para tudo o que acontece fora do habitual... Bem pelo contrário, o normal é procurar a explicação racional para tudo, e então para videntes, sou muito céptico. Mas às vezes... algo acontece!

A última coisa que eu disse ao meu pai foi “quero ver-te nos meus sonhos”. Porque acredito que o mundo dos sonhos pode ser uma porta para outros mundos, outras dimensões. O poder da mente é algo que ainda hoje está relativamente pouco estudado. Supostamente, a tal ideia de que apenas utilizamos 10% do poder cerebral será um mito urbano (
http://faculty.washington.edu/chudler/tenper.html), mas gosto de pensar que esta máquina tão complexa é capaz de fazer coisas que ultrapassam os limites da razão. E se Freud tentou explicar o porquê de alguns sonhos típicos, o certo é que ainda hoje contamos com eles para nos transportarem para outro estado de espírito, e sensações que nos parecem tão reais que duvidamos que se tratem de sonhos, até acordarmos.

Neste periodo de luto, praticamente não tinha conseguido lembrar-me de nada. Acordo todos os dias sem fazer a mínima ideia de com o que terei sonhado. Excepto num dia, em que, ao acordar, lembrei-me que tinha sonhado com qualquer coisa sem importância.

Mas hoje... finalmente! Sonhei com o meu pai!!! Um sonho banal, sentados à mesa de jantar, a situação mais corrente. Além dos meus pais, vá-se lá saber porquê, estava à mesa também um amigo da família. O sonho era corriqueiro, conversa de mesa, a pouca conversa que havia à mesa.

Numa altura em que falava sobre a compra de um carro novo, a minha mãe levanta-se para ir à cozinha. E nessa altura, talvez por esse movimento despoletar alguma sensação, páro de falar no carro que “tinha” comprado (será desejo de compra?, Freud?) e de repente reparo que estou num sonho, e que o meu pai está ali, ao meu lado na mesa.

Sem demoras, levanto-me e vou abraçá-lo, com ele sentado. E que bem que soube.

Ele calou-se, como se soubesse o porquê do abraço. Também o amigo da família, habitualmente muito falador, se calou, com lágrimas a escorrer, como se também se apercebesse.

E de repente acordei, ainda com a sensação do abraço bem presente, tão real. Não queria ter acordado, mas já estava contente por essa oportunidade. Se num início não parava de agradecer por ela, passado algum tempo comecei a pensar... será que, por ter percebido que estava num sonho e ter agido conscientemente durante o mesmo, quebrei alguma regra cósmica? Será que não era suposto ganhar essa consciência? Será que ele (ou quem comanda isto) teve receio de que eu perguntasse algo que não devia? Não. Não o faria, apenas queria ficar ali, abraçado, e nunca mais largar.

De facto, a mente prega-nos partidas interessantes.

Será?...

...Se acrescentar o facto de que, nesse momento em que acordei, e ao abrir os olhos, reparo que o quarto está iluminado com a luz do telemóvel, que, não tendo indicação de mensagem ou chamada, e com o toque do despertar ainda a 9 minutos de distância, habitualmente apenas “acende” se for accionado por alguém, será que continuo a pensar que foi apenas um truque da mente?...

Uma coisa é certa, embora o dilúvio pela minha cara abaixo não parecesse ter fim, misto de alegria e saudade, foi sem dúvida o melhor acordar que tive nos últimos 40 dias...

4 comentários:

Anónimo disse...

Eu tenho sempre a sensação que nunca sonho. Alguns especialistas na matéria dizem que é porque sou nova. Ou seja a primeira vez que ando por cá e por isso não tenho reminiscencias das vidas passadas....Eu para ser franca às vezes fico meia chateada. Toda a gente a falar dos seus sonhos e eu ali a ouvi-las como uma criança pasmada.
A tia C

Ritucha disse...

Olá André,
Deixie-te um selinho no meu blog!
Bjs

Anónimo disse...

Tenho uma pessoa muito querida que à menos de um mês perdeu a mãe. Um dia antes do funeral, ao amanhecer (não ao acordar, pq passou a noite em branco) ouviu a voz da mãe a sussurrar o nome dele.

Partida da mente?

Fantasia?

Dias depois, ouviu outra voz, também ao amanhecer, que perguntava: "É este o teu filho?"

É claro que podem existir várias explicações lógicas para este tipo de fenómeno e não as coloco de parte.

Mas continuo com a minha crença:

não somos só carne e osso, existe outra dimensão, uma dimensão espiritual que coabita connosco.

Já viste o significado do teu sonho?

"O abraço no sonho significa vida longa. Abraçar um morto significa que o sonhador viverá muitos anos.

Porém, se é o morto que abraça quem sonha, o presságio é de morte para este último." (felizmente foste tu que abraçaste o teu pai:))))

Beijinhos e continuação de bons sonhos:)

Mara

Anónimo disse...

Ei pá !
eu infelizmente ás vezes tenho pesadelos, com uns "diabinhos" que me aturmentam durante a noite. Mas de dia tenho uns amigos imaginarios com quem falo muito. tenho mesmo de arranjar uma namorada com urgencia, devo tar a dar em doido!