terça-feira, setembro 01, 2009

Allô? É do allém?

Eu sou uma pessoa, embora bastante racional, também bastante aberta a realidades alternativas.

Embora homem de engenharia e ciência, tenho bastante facilidade em acreditar em eventos sobrenaturais, outras civilizações, etc. Mas antes de formar uma opinião, tento pesquisar sobre o assunto.

O problema é quando se trata do “outro lado”. Ao pesquisar por factos, o único que surge são relatos de quem terá vivido experiências fantasmagóricas.

Ou seja, dificilmente algum dia (antes de lá chegar, pelo menos) terei a resposta a uma questão: o que realmente acontece?

Segundo os estudiosos, os fantasmas que assombram lugares famosos fazem-no porque ali tiveram uma morte violenta, não natural. Quem tem uma morte descansada, teoricamente não irá assombrar o local.

Mas ainda assim, penso que que acontece... Segundo Lavoisier, na natureza, nada se perde, nada se cria, tudo se transforma. Então e isso aplica-se ao conhecimento? À nossa essência? À alma?

Mesmo excluindo aqueles pensamentos típicos nestas alturas “ah, o teu pai vai estar sempre contigo, sempre ao teu lado, só não fisicamente”, o meu lado racional não aceita de bom grado a noção de que tudo desaparece num instante.

Mas, se acreditar que o meu pai, tal como os seus antepassados, de facto ainda permanece por cá (eles andem aí...), então será mesmo omnipresente, em toda a parte ao mesmo tempo? Ou será que anda a passear? E nessa segunda opção, será lógico acreditar que anda por onde lhe apetece.

Se for esse o caso, então a coisa complica-se... Apesar de ainda ser muito recente e custoso, ocasionalmente falo com ele como se estivesse de facto ali, ao meu lado. Geralmente a dizer tretas do fcp. Mas gostava imenso de sentir qualquer coisa que me fizesse pensar que ele está mesmo ali, a ouvir-me. Sei lá o quê... talvez um arrepio de frio, ou mesmo aquela sensação de que estamos a ser observados. Nada de livros a voar, isso já me parece fantasia a mais.

É que senão, eu até posso estar pr’ali a dizer mal do benfica à força toda, a pensar que ele me está a ouvir, mas na realidade pode estar a seguir o torneio de golf na California, ou a acompanhar a corrida de fórmula 1 na Malásia lá, in loco. Era o que eu faria... (ok, no meu caso, seria mais fácil “apanharem-me” nos camarins de um desfile de moda da Victoria’s Secret...).

Mas nem por isso vou deixar de falar com ele. Quem sabe um dia responde mesmo...

1 comentário:

Anónimo disse...

E responde. A mim já me respondeu. Como me responde ainda hoje a mae dele e a minha. Claro que tudo nesta area é subjectivo. Mas já lhe agradeci varias vezes sempre que a Cá come bem ou esta todo o dia bem disposta. Ou quando falo com a tua mae e lhe ouço uma gargalhada sentida. Ou quando divago por aqui contigo. E tambem quando penso como seria muito mais positivo ele poder estar aqui fisicamente a dar uma mão, uma força, um alento. E ainda quando nos vejo cada vez mais unidos. E claro que tambem falo com ele e lhe digo que me incomoda esta impressão que nos esquecemos. Ou que o colocamos em segunda fila.E tambem te posso dizer que como resposta, lá de onde quer que seja senti, não um arrepio, mas uma agradavel sensação tranquila. Era ele ou a minha vontade? Isso não sei, mas que importa? Acho que são as duas coisas juntas.Tem tudo a ver com o presente do indicativo. Nunca será passado.
Beijos bons da Tia C