segunda-feira, outubro 15, 2007

Rádio Televisão Católica...

Ontem foi inaugurada a nova basílica de Fátima. Tem apenas 9 mil lugares sentados. Que raios, não sabiam ter aproveitado e fazer logo a maior igreja do mundo??? Tínhamos que ficar com a 3ª? É que nem quero saber onde são as outras duas, a partir do momento em que ouvi que era a 3ª, nem ouvi o resto. Que desilusão. Então um santuário tão opulento, tão rico, tão altruísta, não merecia coisinha melhor?

Ouviam-se muitos peregrinos a reclamar. O que se compreende. Afinal, em vez de terem uma longa recta para percorrer de joelhos, até à igreja maior, agora vão ter que contornar a 3ª maior igreja do mundo, o que dá o seu trabalho! Ai os calos!

Bom, não sou ninguém para criticar a construção da basílica, mas como pago os impostos, penso que tenho o direito de dizer que é ridícula a exposição mediática que teve a inauguração no canal 1. Foi emissão 6ª à noite e sábado todo o dia! Posso estar (muito) enganado, mas nunca vi semelhante atenção dada à inauguração do templo na Bobadela dos Hare Krishna, ou do Salão do Grande Acidente de Freixo de Espada à Cinta, das Testemunhas de Jeová. Nem mesmo da Mesquita do Profeta, ali para os lados de Cuba do Alentejo.

Que raio de independência é esta? Que raio de idoneidade religiosa é esta a demonstrada pelo canal público? "Ah, e tal, é um monumento nacional, e a maior parte da população é católica". Ora porras, também a maior parte da população é benfiquista e a mim ninguém me apanha a gostar dessa equipa da camisolinha cor de rosa...

De fora, a igreja parece um disco voador. Será uma homenagem ao que realmente se passou nos dias 13 de 1900 e troca o passo? Sim, por essa história de "sol dançante" nunca me convenceu... E entre acreditar nisso ou num homenzinho verde a conduzir o disco com a tosga, numa altura em que não se controlava o grau de alcoolémia dos condutores, não sei qual será mais fácil...



PS: Não gosto de igrejas, mas as que mais me impressionaram, do ponto de vista arquitectónico, foram a catedral de Viena, pela grandiosidade, e a basílica de Budapeste, pelo interior. E confesso que assistir a uma missa no santuário de Monserrat tem o seu quê de místico...

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