segunda-feira, novembro 17, 2008

Trip to Genéve

Na semana passada tive uma reunião em Lyon, Este de França. Para lá chegar, voei com a Tap para Genebra, e lá aluguei um carrito para fazer os 150Km até à 2ª maior cidade francesa.

Na companhia de rent-a-car, deram-me uma carrinha Ford C-Max. Quando entrei na dita-cuja, um dos primeiros pensamentos foi "porra, esqueci-me de trazer um CD para ouvir durante a viagem". Já não é a 1ª vez, e não há de ser a última. Numa das poucas alturas em que me lembrei de levar banda sonora num CD, o carro tinha um leitor de cassetes. Típico.

Este animal era de mudanças automáticas. Coisa que detesto, mas que começo a perceber que dá algum jeito, principalmente no trânsito de cidade, há menos esforço.

O bicho era novinho, tinha 22km's, fui o primeiro cliente a "domá-lo". Mas tal como boi de rodeo (sem ambientalistas), não foi fácil. Como ainda tinha bastante tempo, fui até ao centro de Genebra, passear um pouco, e ao cabo de uns 20 km de percurso em pára-arranca, começo a ver algum fumo a vir da parte de trás do carro.

"Deve ser por estar frio", penso eu.

Mas o fumo ia continuando. E sempre que parava num sinal vermelho, parece que ficava pior, com mais fumo.

E começa a cheirar-me a queimado.

Nessa altura, dá-me um daqueles impulsos que temos quando nos apercebemos num repente, num milésimo de segundo, de termos feito uma burrada brutal.

"Ganda porra, venho desde o aeroporto com o travão de mão puxado!!!".

Assim que o destravei, o fumo começou a diminuir, e passado pouco tempo deixou mesmo de se ver. A posição de condução que tinha não permitia ver o avisador do travão, por ter a visão bloqueada pelo volante. Espero que o próximo tipo a usar o carro não estacione em ruas muito inclinadas...

Já conhecia Genebra, mas lá fui dar o passeio dos tristes, com a obrigatória foto ao geiser do lago. É curioso como não se consegue ver alguém na rua que pareça genuinamente suíço. Este povo não tem identidade, não tem traços característicos, nem sequer tem uma língua própria!!! Será que alguém, alguma vez na história, terá dito "epa, aquele gajo parece mesmo suíço"???

Já ouvi falar em pessoal com grandes suíças, mas não era a respeito das miúdas. Bom, talvez se fizermos comparações ao nível da pontualidade, porque realmente, fabricantes de relógios é o que não falta por lá.

Mas parecem ser felizes. Agora...

O que não me deixa muito feliz é a "Lisboetagem" dos Lisboetas, pois então...

Chamem-me de bairrista, mas sou daqueles que acha que o pessoal de Lisboa se acha no centro do mundo. E que quando os pivots de telejornal da capital vêm que está a chover lá fora, vêm dizer que "hoje chove em todo o país", mesmo que em Vila Franca já faça um sol abrasador. Note-se que não tenho nada contra o lisboeta comum, até conheço uma lisboeta que não me importava nada de conhecer melhor :) mas às vezes há coisas que... irrrrra!

Um exemplo? Ah com certeza: vejam só o que a revista da TAP chama ao apontamento de reportagem sobre o café Majestic, no PORTO, tendo-lhe chamado de "Majestoso Lanche" na língua lusa... Será o exemplo perfeito de tradução de Inglês para Lisboeta. Ou será de Lisboeta para Inglês???



Ah, e já agora, "Garouper" em inglês é um tipo de peixe, numa tradução mal amanhada que nem aparece em todos os dicionários. Cum catano...

Sem comentários: