sexta-feira, fevereiro 06, 2009

Cortando grãos de café...

Fazendo jus à minha condição de solteirérrimo, gosto de cozinhar. Gosto mesmo, de preparar qualquer coisa, arranjar os ingredientes, sentir os cheiros a formarem-se. Então o cheirinho do refogado quando sai bem feito, já é suficiente para me deixar animado.

Pelo menos, assim foi, nas duas vezes em que consegui que o refogado ficasse bem feito.

De resto, já me tornei bom a fazer massas pré-feitas, e a preparar refeições congeladas. Uma das vantagens de morar sozinho é poder comer o que me apetece, quando me apetece...

Mas apesar da larga experiência em cortar cebola e alho para os cozinhados, ainda me faz impressão ver os tipos na televisão, a cortar aquilo aos pedacinhos como se fossem máquinas. Como é que é possível??? Tipos com experiência consagrada, ainda vá, agora putos como aquele Jamie Qualquer-Coisa a cortar cebola como uma 1-2-3, e os malditos pedacinhos ainda saem melhor do que os meus, que demoro três quartos d'hora para cortar o raio da coisa (interrompidos por várias crises de choro, claro). Irrita-me.

Que raio de facas são aquelas??? Facas Ginsu Japonesas, daquelas que foram forjadas com metal retirado do último vulcão em erupção numa ilha perdida ao largo do Japão, e que cortam o ar, se for preciso? Só pode!!! Mesmo assim, se me dessem uma para tentar, o mais certo era cortar um pedaço da mão, quiçá até alguns dedos.

Mas como gosto de cozinhar, também gosto de comer. É um dos grandes prazeres da vida, sem dúvida.

No intervalo do MBA, aproveitei o facto de termos hora e meia livre, e fui até Leça, até ao Brasileirão. Gosto de lá ir ao almoço, é comida a peso e muito saborosa.

Não pude deixar de reparar que remodelaram o espaço há pouco tempo. Onde antes era revestido a fotografias enormes a P/B, agora são todas a cores.

Mas... alguns convidados ilustres que foram tendo, foram deixando a sua marca na forma de autógrafo. E tendo a sua foto exposta, claro que foram assinar no sítio da foto. Assim foi com o Martinho da Vila.

Só que, ao mudarem para fotos a cores, no sítio onde antes estava uma foto do Martinho da Vila, agora está uma de um qualquer peão a manusear grãos de café, ou ouro, talvez. Só que o autógrafo do Martinho lá continua. Quer isso dizer que o cantor das "Mulheres" é comparável a um peão de fazenda? Ou que fugiu sem pagar, e por isso consideram-no persona non grata, e comparam-no a uma profissão de salário mínimo? Ou será que aquele operário canta tão bem como o Martinho?

Não sei, mas às tantas ainda vamos ver o Martinho da Vila a cantar em honra aos Cafés Delta...

1 comentário:

Anónimo disse...

Fico sempre fascinada com a imaginação deste miúdo; ele é capaz de ver esquemas em tudo e é tão riquinho, até chora a cortar cebola vejam lá :)