sexta-feira, outubro 16, 2009

Salvem os animais!

Esta semana foi aprovada uma legislação para impedir a compra e reprodução de animais exóticos e de grande porte por particulares e empresas.

Significa isto que os circos deixam de poder permitir que se reproduzam leões, tigres, ursos, cobras, quiçá até Cardinalis, nem poderão adquiri-los. Ou seja, dentro de poucos anos, teremos circos sem animais.

Queixam-se os empresários circenses de que isto lhes arruinará o negócio. É provável. Daqui a uns anos lá teremos mais uma data de gente com o rendimento mínimo garantido (onde é que o encantador de hamsters vai arranjar emprego?). A meu ver, o problema não será tanto a aquisição ou procriação destes animais, mas as condições em que estes são mantidos, na grande maioria das vezes deploráveis, em regime de autêntica escravatura. Aliás, para quem estiver minimamente atento, é possível ver a tristeza nos olhos dos animais.

Agora... a minha pergunta ao director do Instituto de Conservação da Natureza é a seguinte: não se poderia alargar esta medida à política???

É que se me dissessem que num espaço de 10 anos, os políticos actuais desapareceriam, aí sim poderia considerar Portugal como um país com um futuro radioso!

Senão, vejamos a idade média dos políticos nos lugares cimeiros do Partido. Os fundadores do PSD, PS e PC ainda estão lá quase todos! E mesmo os que são um pouco mais novos, falam e agem como se tivessem 150 anos!!!

É que já chateia ver noites de eleições em que um partido sobe o n.º de votos enquanto os outros perdem todos, mas todos consideram ter sido um sucesso estrondoso. E como é possível que a presidente do PSD não reconheça o fracasso retumbante? Os laranjas só ganharam as Europeias porque os rosas cometeram o maior erro de Casting da história, ao mandar o avô cantigas para Bruxelas! Em contrapartida, o mesmo se poderia dizer da derrota laranja nas legislativas. Um candidato mais interessante e com o mínimo de carisma teria ganho sem grandes problemas.

Pelo menos o Bloco reconheceu uma derrota nas autárquicas, embora eu sempre ache que não faz qualquer sentido analisar os resultados destas eleições a nível nacional. As pessoas votam no candidato, na pessoa. E de preferência, que não tenha já um pé em Bruxelas, como muitos rosas. A única câmara do Bloco é de uma autarca que é assumidamente a favor de touradas e rodeios, algo a que o próprio partido fazia claramente questão de ser contra. Enfim, pelo menos nesse não há asfixia democrática, ao contrário de outros...

O certo é que, em época de Gripe A, só mesmo a dr. Manuela se esquivou de cumprimentar o povo nas feiras e arruadas. Esperta, a senhora, ainda apanhava qualquer coisa...

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