terça-feira, junho 19, 2007

A luz ao fundo do túnel era o combóio

Na semana passada comecei a vir para o emprego de combóio.

Tenho que me levantar um pouco mais cedo, por volta das 6h15 da manhã, para sair de casa às 7h15 e apanhar o dito-cujo na estação de Ermesinde às 07:42.

Ao fim de uma semana, já se vão reconhecendo as caras...

- O monga que entra sempre naquela estação, olha à volta como se procurasse por alguém que nunca encontra, e senta-se no primeiro lugar vago...

- Os colegas de trabalho, que vão a viagem de trabalho em perfeito silêncio e lado a lado, e quando chegam ao apeadeiro, desatam a conversar como se tivessem acabado de se encontrar...

- Os colegas de trabalho/escola que vão na conversa a viagem toda, para se calarem quando saem no apeadeiro, como quem entra em depressão profunda por chegar ao desterro...

- O homem de abdomen proeminente (da bejeca...), que já está a dormir quando entro, e ainda está a dormir quando saio. Será que só acorda no final da viagem? Será que vai e vem? Será que está morto??? Será que é uma escultura realista?????

- O bando de putos do secundário, que vão para uma qualquer escola profissional perto de Braga, com os tiques típicos de putos:
- O inteligente, que lê sempre o jornal, para dar ar de intelectual, mas que na realidade só vê as imagens e pensa que a Ota é diminutivo de "Cota", porque é uma cena kk bué marada dos cotas lá de Lx;
- O pequenote com ar sofrido, de quem aguenta as brincadeiras dos maiores.
- A miúda popular, que ora se diverte a ler a Bravo (pensei que já não existia), ora se diverte a mostrar aos rapazolas como já consegue manobrar o varão no meio do comboio... (e para quem leu um post meu há uns tempos, sim, mastiga sempre a chiclet com a boca bem aberta...);
- O chefe do “gang”, ar de cigano, jingão, que nunca anda com os livros, que suspeito serem carregados pelo pequenote.

Bom, não sei como é que este pessoal todo olha para mim, o tipo novo que passou a juntar-se ao gang. Bom, desde que não seja como “o tipo que passou a vir outro dia e micou a nossa colega a experimentar o varão”...

É que hoje em dia, pode ser perigoso esse tipo de associação!!!

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