quarta-feira, junho 06, 2007

Vruuuummm


Está aí a chegar mais um Grande Prémio da Cidade do Porto, no antigo Circuito da Boavista.

Confesso que no 1º ano em que isto se realizou (2005), não pensei que tivesse o sucesso que acabou por ter, e que originou que este ano se repita, e num formato ainda mais ambicioso, com corridas para o Mundial de Turismos.

Para quem não conhece, o Mundial de Turismos é um campeonato em que correm carros de modelos que encontramos na estrada, mas alterados para competição. É um campeonato habitualmente emocionante, quando mais não seja pela questão do vencedor da 1ª corrida ter que partir atrás para a 2ª, o que evita a monotonia.

Ou seja, tem mais piada que a Fórmula 1, que é óptima para noites de insónia, e também mais do que os Indycars americanos, cujas corridas ovais acabam por ser sempre a mesma coisa.

Ainda assim, acho que a coisa poderia ser melhorada...

Se estamos a falar de carros próximos dos que se vêm na estrada, também deviam ter condições próximas das que encontramos na estrada. Ou seja, aqui ficam algumas sugestões para tornar a coisa ainda mais emocionante, ao cuidado do Sr. Rui Rio:

  • A pista deve ter buracos. Carros normais devem correr em estradas normais, ou seja, esburacadas. Ok, não com buracos em que cabe uma retro-escavadora, mas pelo menos com algo que dê cabo de um semi-eixo ou entorte uma jante;

  • Devem existir zonas de velocidade limitada, com um radarzito escondido pela GNR. 1 Kilómetro à frente deverá estar uma patrulha da Guarda Nacional Republicana, que pára a viatura e efectua um procedimento normal... voltinha ao carro... apresentação sumária “boa tarde, sr condutor... faxófavor de apresentar os documentos próprios e da viatura”, com bafo de SuperBock, etc e tal...

  • Quando há um toque, os pilotos devem ter no carro uma Declaração Amigável, e são obrigados a preenchê-la, sob pena de vir a viatura da GNR...

  • Ao passar na bomba de gasolina da Boavista, deve haver uma tolerância para os pilotos que passem pela bomba, em vez da pista, para ultrapassar algum concorrente mais lento.

  • Devem existir alvos laterais em locais predefinidos ao longo do percurso, tendo os pilotos que acertar nos mesmos com um cigarro semi-acabado, para assim ganharem uma bonificação nos tempos ou pontos.

  • Deve existir um conjunto de carros preparados pela organização para entrar em determinada zona do percurso, de forma a causar um engarrafamento. Isto sim permitirá avaliar a perícia dos concorrentes.Antes do início de cada corrida, deve haver uma prova de vinhos, ou um almocinho bem regado.


  • Deve existir um medidor de decibéis na linha de chegada, para que se meça a explosão sonora de cada concorrente quando passa nesta zona do circuito, com as janelas abertas e a música a bombar. Isto dará também direito a um ponto de bonificação para o piloto com som mais alto. Claro que na altura de entregar o prémio, só mesmo com um megafone, senão o piloto não ouve...

1 comentário:

Anónimo disse...

Porquê o hálito a superbock? É mais bagaceira da aldeia ou o velho croft. E no fim pode-se sempre dizer..." ó carapau de corrida, tens sapatilhas? anda-me apanhar!" :)