sexta-feira, agosto 31, 2007

Guerreiros da Alvorada urbana

A noite no Porto sofreu um abalo no início da semana, com o assassinato de um dono de uma disco.

Já nos dois meses anteriores se tinham verificado outras mortes. Felizmente não nos sítios que habitualmente frequento. Ou seja, não é por aí que deixarei de sair à noite.

Mas realmente deve andar um clima qualquer no ar... já não basta vermos o norte do país correr o risco de ser invadido por ratos espanhóis, ainda temos que aguentar com quaisquer partículas capazes de alterar os pacíficos genes da nossa juventude.

Hoje de manhã, enquanto me arranjava para vir trabalhar, por volta das 7 da madrugada, ouço alguma comoção na rua. Moro perto de uma discoteca bastante frequentada à 5ª (e deserta nos restantes dias).

Quando espreito cá para fora, como bom mirone voyeur que sou, e descubro um grupo de jovens a voltar para os carros, obviamente enebriados. Boca pr'aqui, boca pr'ali, e inevitavelmente resulta em insultos que num instante escalam para a ameaça física.

Pobres de 3 gestores de limpeza pública (vulgo "lixeiros") da Câmara, que por ali passavam no momento, e se vêem privados das suas ferramentas.

Ou seja, eram 7h10 e estava um grupo de jovens na minha rua, em confronto directo, quais espadachins da era moderna, mas armados com aquilo que a cidade lhes oferece: uma vassoura, um recolhedor metálico de resíduos (como a pá que temos em casa para ajudar nas vassouradas) e um outro recolhedor mais pequeno.

Claro que isto acompanhado pelos berros estridentes das partenaires, a quem apenas faltava o pompom colorido.

Afinal, não chegaram a vias de facto... Um ainda lançou a vassoura, mas falhou o alvo. Imagino que os graus de alcoolémia tenham turvado a visão.

E os gestores de limpeza pública lá iam assistindo, tendo chamado a polícia que em pouco tempo apareceu em contramão para apaziguar os ânimos.

Já sabem: "Se for esgrimir, não beba"....

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