25 de Abril sempre!

Para comemorar o 25 de Abril, o dia da Liberdade, nada melhor que uma viagem a trabalho, para uma reunião com clientes. Venha daí uma reuniãozita na Suécia.

Gosto de viajar, mesmo que sendo a trabalho. Gosto da azáfama dos aeroportos, da organização que requer a gestão de um aeroporto, da engenharia que é necessária para colocar um avião de não sei quantas toneladas a voar, e até gosto de alguma comida de avião! Encontro sempre motivos de interesse nas viagens.

Esta não foi excepção. Logo à entrada no aeroporto, o segurança ficou-me com o frasco de gel para o cabelo. Que raios, tudo bem que o frasco era superior ao permitido, mas o conteúdo não! Estava quase a acabar, tinha pouca coisa! Por via disso, hoje estou aqui com uma cabeleira rebelde que assusta.

E a procura dos lugares... aaahhh a procura de lugares... É sempre típico, não quer dizer que só ocorra com os tugas, mas parece que temos uma capacidade inata de querer subverter o sistema. Há sempre quem queira trocar de lugar, para ficar ao pé do amigo que encontrou na fila. Ou quem se engane e vá para a cauda do avião, quando o lugar é na frente. Um tipo alterou o lugar, só que a pessoa com quem tinha trocado já se tinha enganado inicialmente, por isso deu alguma confusão.

Um senhor já com uma idade avançada recebe uma chamada no telemóvel quando já estão com os preparativos para arrancar o avião. O homem desliga, e aproveita para desligar o telemóvel, conforme os avisos? Nah... Ele atende, mas diz “agora não, depois ligo”, e aproveita para desligar o telemóvel? Nah... O homem atende, e começa em amena cavaqueira com algum familiar, e só interrompe 5 minutos depois, quando a hospedeira de bordo da Lufhtansa o obriga a desligar, porque o avião já estava na pista, pronto a levantar.

Ah, e isto no fim do avião, ali mesmo ao lado da porta do WC, como convém.

Na viagem, lá veio a comida, uma espécie de Tortelinni que não estava má de todo, regada com uma aguinha primeiro, e uma cola depois. E no final, perguntam se queremos um chá ou café. Claro que a maior parte dos Tugas responde logo “RRRREEED VIIIINE, plize!”

Haja alegria... vá lá que na aterragem, só um sentiu o tal ímpeto para bater palmas...
PS: A viagem de Frankfurt para Gotemburgo foi mais calma, e sem portugueses, mas a primeira coisa que ouço quando passo as portas da saída do aeroporto de Gotemburgo foi “... f***-se, ou piavas fininho ou a p**a dava-te cabo dos cornos!!!”... Aaahh como é bom ouvir a língua materna...